Andreia Teixeira Ramos, Soler Gonzalez, Victor de Jesus
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Abstract
Este texto tem o interesse de apresentar as possibilidades de criações curriculares com outras ecologias nas redes educativas a partir de práticas pedagógicas realizadas com as andarilhagens de um grupo de pesquisa envolvendo também o ensino e a extensão universitária. O objetivo do artigo é apresentar as pesquisas praticadas por professores/as pesquisadores/as, que compõem o referido grupo e atuam nas redes de escolas públicas da educação básica. Nosso apoio teórico-metodológico tem inspiração na pedagogia de Paulo Freire com as noções de diálogo amoroso e de esperançar, assim como os estudos com os cotidianos e as pesquisas narrativas, com Nilda Alves e Marcos Reigota. Além disso, nosso aporte epistemológico é atravessado pelas ideias de Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ailton Krenak e Malcom Ferdinand. Nesse cenário, os resultados das pesquisas do grupo citado são criações curriculares e modos de resistências tecidos com os sujeitos da história nos múltiplos espaçostempos nas redes educativas, amparados na educação das relações étnico-raciais, numa educação ambiental antirracista e em outras ecologias cotidianas insubmissas. Assim, os produtos educacionais elaborados pelas pesquisas foram também procedimentos metodológicos, dentre eles, o uso de drone em aula de campo, cartões postais, cartas pedagógicas, podcast, oficinas de cinema de animação, cineconversas, imagens, narrativas, filmes. Por fim, a partir disso defendemos outras criações curriculares que possibilitem e apostem em ideias e sonhos em prol de uma sociedade mais solidária, igualitária, justa, antirracista e anticolonial no exercício de esperançar para adiar o fim do mundo.