Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.15687/rec.v16i2.67916
Patrícia Raquel Baroni, Deise Guilhermina da Conceição
O presente dossiê tem por objetivo congregar criações curriculares que desestabilizam o desencanto do mundo a partir do entendimento da diferença como patrimônio da humanidade. Muitos dispositivos midiáticos, redes sociais, programas de televisão têm contribuído para a difusão de uma avalanche de informações que amplificam os discursos em defesa das políticas de controle sobre os currículos nas instituições educativas, de desvalorização da educação, de desqualificação da formação docente, de desvalorização da escola pública, além da subordinação dos praticantespensantes (OLIVEIRA, 2012) a um padrão de humanidade eurocentrado e excludente. Mediante tal cenário, dá-se a emergência de inversão desses processos. Propomos, então, a perspectiva do reencantamento do mundo a partir das criações curriculares, que se dá nos processos educativos, sejam estes em espaços formais ou não, e que considerem a novidade utópica enquanto tática para a construção de um mundo onde caibam todos os mundos.
{"title":"REENCANTAMENTO DO MUNDO","authors":"Patrícia Raquel Baroni, Deise Guilhermina da Conceição","doi":"10.15687/rec.v16i2.67916","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67916","url":null,"abstract":"O presente dossiê tem por objetivo congregar criações curriculares que desestabilizam o desencanto do mundo a partir do entendimento da diferença como patrimônio da humanidade. Muitos dispositivos midiáticos, redes sociais, programas de televisão têm contribuído para a difusão de uma avalanche de informações que amplificam os discursos em defesa das políticas de controle sobre os currículos nas instituições educativas, de desvalorização da educação, de desqualificação da formação docente, de desvalorização da escola pública, além da subordinação dos praticantespensantes (OLIVEIRA, 2012) a um padrão de humanidade eurocentrado e excludente. Mediante tal cenário, dá-se a emergência de inversão desses processos. Propomos, então, a perspectiva do reencantamento do mundo a partir das criações curriculares, que se dá nos processos educativos, sejam estes em espaços formais ou não, e que considerem a novidade utópica enquanto tática para a construção de um mundo onde caibam todos os mundos.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136024969","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-02DOI: 10.15687/rec.v16i2.67279
Carla Char, Marlucy Alves Paraíso
Este artigo mostra como um currículo-dançante, criado a partir de experimentações com dança no território de um currículo em ação, se reinventou e desencadeou outros modos de aprender ao se conectar com uma dança-menor, aquela que está nos corpos estudantis e é frequentemente marginalizada no currículo maior. Utilizou-se como metodologia o dançarilhar, isto é: uma composição feita de cartografia + dança e que se inspira tanto nos estudos de Gilles Deleuze e Félix Guattari como no “Andarilho” de Nietzsche para apostar em um currículo-dançante. O objetivo deste artigo é mostrar como um currículo-dançante funcionou ao se conectar a uma dança-menor no território de um currículo, seguindo alguns sons da cultura hip-hop, como o funk, a trap dance e o k-pop. Essa dança-menor com um professorar sensível e à espreita de brechas para fazer o movimento acontecer no meio de disciplinas autorizadas ensinadas nas escolas possibilitou quebrar, romper e subverter as regras, a visão de corpo e de dança de um currículo-maior. O artigo mostra, também, que, por meio dessa conexão, estudantes aprendem seguindo a linha dançante do prazer e da alegria. O argumento desenvolvido é o de que um currículo-dançante se tornou um espaço de transgressão e criação ao se conectar a uma dança-menor, enunciando corpos, dança e um currículo por vir.
{"title":"UMA DANÇA-MENOR EM UM CURRÍCULO-DANÇANTE","authors":"Carla Char, Marlucy Alves Paraíso","doi":"10.15687/rec.v16i2.67279","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67279","url":null,"abstract":"Este artigo mostra como um currículo-dançante, criado a partir de experimentações com dança no território de um currículo em ação, se reinventou e desencadeou outros modos de aprender ao se conectar com uma dança-menor, aquela que está nos corpos estudantis e é frequentemente marginalizada no currículo maior. Utilizou-se como metodologia o dançarilhar, isto é: uma composição feita de cartografia + dança e que se inspira tanto nos estudos de Gilles Deleuze e Félix Guattari como no “Andarilho” de Nietzsche para apostar em um currículo-dançante. O objetivo deste artigo é mostrar como um currículo-dançante funcionou ao se conectar a uma dança-menor no território de um currículo, seguindo alguns sons da cultura hip-hop, como o funk, a trap dance e o k-pop. Essa dança-menor com um professorar sensível e à espreita de brechas para fazer o movimento acontecer no meio de disciplinas autorizadas ensinadas nas escolas possibilitou quebrar, romper e subverter as regras, a visão de corpo e de dança de um currículo-maior. O artigo mostra, também, que, por meio dessa conexão, estudantes aprendem seguindo a linha dançante do prazer e da alegria. O argumento desenvolvido é o de que um currículo-dançante se tornou um espaço de transgressão e criação ao se conectar a uma dança-menor, enunciando corpos, dança e um currículo por vir.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"231 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134969435","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.15687/rec.v16i2.67133
Marina de Oliveira Delmondes, Carlos Eduardo Ferraço
Trata-se do resultado da pesquisa de doutorado desenvolvida durante o contexto da pandemia da Covid-19 e do necrogoverno instaurado no Brasil entre 2018 e 2022. Com o objetivo de problematizar os múltiplos currículos vividos-praticados-inventados com os cotidianos escolares, apostou-se na metodologia da pesquisa com os cotidianos e na epistemologia pós-estruturalista, fazendo uso da filosofia da diferença de Deleuze e Guattari como aporte conceitual. Ao considerar os cotidianos escolares como espaços-tempos de tessitura curricular e de políticas inventivas, apostou-se na escrita como dispositivo vital que reverberou em múltiplas escrevinhações-curriculantes. O ato de escrever com os praticantes dos cotidianos escolares aquilo que lhes afetava desencadeou, para além de um método de produção de dados, um movimento curricular de experimentação da vida em um tempo de distanciamento social, assim, também, foi um modo de encontros (DELEUZE; PARNET, 1998). Por fim, ao defender uma poética curricular como da ordem dos afetos e, portanto, capaz de instaurar um outro devir, um outro estilo, uma outra criação, um outro modo de pensar-inventar currículos, faz-se uma defesa das escolas públicas como compromisso ético, estético e político desta pesquisa em educação.
{"title":"POR UMA POÉTICA CURRICULAR COM OS COTIDIANOS ESCOLARES","authors":"Marina de Oliveira Delmondes, Carlos Eduardo Ferraço","doi":"10.15687/rec.v16i2.67133","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67133","url":null,"abstract":"Trata-se do resultado da pesquisa de doutorado desenvolvida durante o contexto da pandemia da Covid-19 e do necrogoverno instaurado no Brasil entre 2018 e 2022. Com o objetivo de problematizar os múltiplos currículos vividos-praticados-inventados com os cotidianos escolares, apostou-se na metodologia da pesquisa com os cotidianos e na epistemologia pós-estruturalista, fazendo uso da filosofia da diferença de Deleuze e Guattari como aporte conceitual. Ao considerar os cotidianos escolares como espaços-tempos de tessitura curricular e de políticas inventivas, apostou-se na escrita como dispositivo vital que reverberou em múltiplas escrevinhações-curriculantes. O ato de escrever com os praticantes dos cotidianos escolares aquilo que lhes afetava desencadeou, para além de um método de produção de dados, um movimento curricular de experimentação da vida em um tempo de distanciamento social, assim, também, foi um modo de encontros (DELEUZE; PARNET, 1998). Por fim, ao defender uma poética curricular como da ordem dos afetos e, portanto, capaz de instaurar um outro devir, um outro estilo, uma outra criação, um outro modo de pensar-inventar currículos, faz-se uma defesa das escolas públicas como compromisso ético, estético e político desta pesquisa em educação.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"103 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135990291","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.15687/rec.v16i2.67280
Andreia Teixeira Ramos, Soler Gonzalez, Victor de Jesus
Este texto tem o interesse de apresentar as possibilidades de criações curriculares com outras ecologias nas redes educativas a partir de práticas pedagógicas realizadas com as andarilhagens de um grupo de pesquisa envolvendo também o ensino e a extensão universitária. O objetivo do artigo é apresentar as pesquisas praticadas por professores/as pesquisadores/as, que compõem o referido grupo e atuam nas redes de escolas públicas da educação básica. Nosso apoio teórico-metodológico tem inspiração na pedagogia de Paulo Freire com as noções de diálogo amoroso e de esperançar, assim como os estudos com os cotidianos e as pesquisas narrativas, com Nilda Alves e Marcos Reigota. Além disso, nosso aporte epistemológico é atravessado pelas ideias de Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ailton Krenak e Malcom Ferdinand. Nesse cenário, os resultados das pesquisas do grupo citado são criações curriculares e modos de resistências tecidos com os sujeitos da história nos múltiplos espaçostempos nas redes educativas, amparados na educação das relações étnico-raciais, numa educação ambiental antirracista e em outras ecologias cotidianas insubmissas. Assim, os produtos educacionais elaborados pelas pesquisas foram também procedimentos metodológicos, dentre eles, o uso de drone em aula de campo, cartões postais, cartas pedagógicas, podcast, oficinas de cinema de animação, cineconversas, imagens, narrativas, filmes. Por fim, a partir disso defendemos outras criações curriculares que possibilitem e apostem em ideias e sonhos em prol de uma sociedade mais solidária, igualitária, justa, antirracista e anticolonial no exercício de esperançar para adiar o fim do mundo.
{"title":"CRIAÇÕES CURRICULARES COM OUTRAS ECOLOGIAS NAS REDES COTIDIANAS","authors":"Andreia Teixeira Ramos, Soler Gonzalez, Victor de Jesus","doi":"10.15687/rec.v16i2.67280","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67280","url":null,"abstract":"Este texto tem o interesse de apresentar as possibilidades de criações curriculares com outras ecologias nas redes educativas a partir de práticas pedagógicas realizadas com as andarilhagens de um grupo de pesquisa envolvendo também o ensino e a extensão universitária. O objetivo do artigo é apresentar as pesquisas praticadas por professores/as pesquisadores/as, que compõem o referido grupo e atuam nas redes de escolas públicas da educação básica. Nosso apoio teórico-metodológico tem inspiração na pedagogia de Paulo Freire com as noções de diálogo amoroso e de esperançar, assim como os estudos com os cotidianos e as pesquisas narrativas, com Nilda Alves e Marcos Reigota. Além disso, nosso aporte epistemológico é atravessado pelas ideias de Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Ailton Krenak e Malcom Ferdinand. Nesse cenário, os resultados das pesquisas do grupo citado são criações curriculares e modos de resistências tecidos com os sujeitos da história nos múltiplos espaçostempos nas redes educativas, amparados na educação das relações étnico-raciais, numa educação ambiental antirracista e em outras ecologias cotidianas insubmissas. Assim, os produtos educacionais elaborados pelas pesquisas foram também procedimentos metodológicos, dentre eles, o uso de drone em aula de campo, cartões postais, cartas pedagógicas, podcast, oficinas de cinema de animação, cineconversas, imagens, narrativas, filmes. Por fim, a partir disso defendemos outras criações curriculares que possibilitem e apostem em ideias e sonhos em prol de uma sociedade mais solidária, igualitária, justa, antirracista e anticolonial no exercício de esperançar para adiar o fim do mundo.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135990298","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.15687/rec.v16i2.67283
Eduarda Boing Pinheiro, Elizandro Maurício Brick
Na perspectiva ético-crítica (DUSSEL, 2012), acredita-se que, ao reconhecerem-se como “vítimas” do sistema vigente, as pessoas podem estabelecer formas de se libertar das injustiças que enfrentam. Essa ideia inspira-se na prática de Freire (2019), defensor de uma educação humanizadora, para a qual criou um processo teórico-metodológico denominado Investigação Temática. Este trabalho se propõe engajado com o processo de humanização da comunidade de Vidal Ramos, um município agrícola do interior de Santa Catarina, a fim de transformar as situações de injustiça ali presentes (ainda que muitas não sejam facilmente reconhecidas pela comunidade), a partir de um planejamento didático inspirado na educação ético-crítica e na Investigação Temática. O planejamento foi realizado em encontros no formato de uma oficina, com o grupo Prosa no qual integra uma pessoa com vínculo na comunidade, o qual realizou análise de falas significativas, identificou as contradições, o tema gerador e o contratema, bem como movimento de estudo crítico da situação com a identificação de conhecimentos demandados. Por fim, também se realizou um movimento de planejamento dialógico-problematizador em diferentes áreas curriculares, abordando as contradições discutidas. A partir do desenvolvimento de tais atividades foi possível perceber a factibilidade da perspectiva etico-crítica em um movimento de práxis curricular que parte da escuta da comunidade, da problematização dos limites desumanizadoras identificados nessa escuta e do movimento de identificação dos conhecimentos demandados pela análise crítica dessas situações. Em contrapartida, ficou evidente a exigência de um coletivo diverso e do envolvimento de membros da comunidade local no processo de Investigação Temática Freireana.
{"title":"DA DENÚNCIA AO ANÚNCIO","authors":"Eduarda Boing Pinheiro, Elizandro Maurício Brick","doi":"10.15687/rec.v16i2.67283","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67283","url":null,"abstract":"Na perspectiva ético-crítica (DUSSEL, 2012), acredita-se que, ao reconhecerem-se como “vítimas” do sistema vigente, as pessoas podem estabelecer formas de se libertar das injustiças que enfrentam. Essa ideia inspira-se na prática de Freire (2019), defensor de uma educação humanizadora, para a qual criou um processo teórico-metodológico denominado Investigação Temática. Este trabalho se propõe engajado com o processo de humanização da comunidade de Vidal Ramos, um município agrícola do interior de Santa Catarina, a fim de transformar as situações de injustiça ali presentes (ainda que muitas não sejam facilmente reconhecidas pela comunidade), a partir de um planejamento didático inspirado na educação ético-crítica e na Investigação Temática. O planejamento foi realizado em encontros no formato de uma oficina, com o grupo Prosa no qual integra uma pessoa com vínculo na comunidade, o qual realizou análise de falas significativas, identificou as contradições, o tema gerador e o contratema, bem como movimento de estudo crítico da situação com a identificação de conhecimentos demandados. Por fim, também se realizou um movimento de planejamento dialógico-problematizador em diferentes áreas curriculares, abordando as contradições discutidas. A partir do desenvolvimento de tais atividades foi possível perceber a factibilidade da perspectiva etico-crítica em um movimento de práxis curricular que parte da escuta da comunidade, da problematização dos limites desumanizadoras identificados nessa escuta e do movimento de identificação dos conhecimentos demandados pela análise crítica dessas situações. Em contrapartida, ficou evidente a exigência de um coletivo diverso e do envolvimento de membros da comunidade local no processo de Investigação Temática Freireana.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135990296","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Esta pesquisa tem o objetivo de investigar a potência formativa da produção literária marginal-periférica a partir das narrativas de escritores periféricos. Assumindo que esta pesquisa não poderia estar dissociada da minha trajetória de vida, a narrativa (auto)biográfica perpassa toda a pesquisa como instrumento importante no processo de investigação e (auto)formação (SOUZA, 2007). A partir do entendimento de que a literatura marginal-periférica é sempre singular e local, mas ao mesmo tempo global e social, a abordagem metodológica partirá também da pesquisa narrativa (CLANDININ e CONNELLY, 2011) e da metodologia de conversas (SAMPAIO; RIBEIRO; SOUZA, 2018). Com a produção de Soares (2009) e de Ferréz (2005), das minhas vivências como escritora periférica e das narrativas de outros escritores periféricos, busco compreender como a literatura marginal-periférica se inscreve em diferentes espaços de formação, dentre eles, as ruas e as escolas. Deste modo, a pesquisa visa contribuir para a ampliação das discussões sobre os aspectos formativos da literatura marginal-periférica no campo da educação.
{"title":"LITERATURA MARGINAL-PERIFÉRICA E FORMAÇÃO","authors":"Nayara Matos, Patricia Raquel Baroni, Gustavo Coelho","doi":"10.15687/rec.v16i2.67274","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67274","url":null,"abstract":"Esta pesquisa tem o objetivo de investigar a potência formativa da produção literária marginal-periférica a partir das narrativas de escritores periféricos. Assumindo que esta pesquisa não poderia estar dissociada da minha trajetória de vida, a narrativa (auto)biográfica perpassa toda a pesquisa como instrumento importante no processo de investigação e (auto)formação (SOUZA, 2007). A partir do entendimento de que a literatura marginal-periférica é sempre singular e local, mas ao mesmo tempo global e social, a abordagem metodológica partirá também da pesquisa narrativa (CLANDININ e CONNELLY, 2011) e da metodologia de conversas (SAMPAIO; RIBEIRO; SOUZA, 2018). Com a produção de Soares (2009) e de Ferréz (2005), das minhas vivências como escritora periférica e das narrativas de outros escritores periféricos, busco compreender como a literatura marginal-periférica se inscreve em diferentes espaços de formação, dentre eles, as ruas e as escolas. Deste modo, a pesquisa visa contribuir para a ampliação das discussões sobre os aspectos formativos da literatura marginal-periférica no campo da educação.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"48 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135990297","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.15687/rec.v16i2.67277
Rafaela Rodrigues da Conceicao, Maristela Petry Cerdeira, Maria Cecília Sousa de Castro
Este artigo tem por interesse apresentar parte dos resultados de um projeto realizado com crianças matriculadas em uma instituição pública de ensino no Estado do Rio de Janeiro. Considerando a escola como o ‘espaçotempo’ de ‘fazerpensar’ com as crianças diversas formas de ser e estar no mundo, sendo atravessados pelas poéticas dos guetos, pelo gingado das ruas, pelas artes dos centros e das periferias. Nesse caminho, este estudo visa desenvolver uma relação de pertencimento com a cidade onde a escola está situada, a partir de conversas, fotografias, desenhos, passeios, buscaremos (re)conhecer lugares, identificando suas características culturais, éticas, poéticas, estéticas e sociais, buscando articulações entre nossas vivências na cidade. Os resultados indicam que os estudantes desenvolveram relação de pertencimento estabelecendo outros vínculos com o lugar onde moram a partir das situações partilhadas nas andanças pela cidade.
{"title":"ANDARILHAR PELOS GUETOS CURRICULARES","authors":"Rafaela Rodrigues da Conceicao, Maristela Petry Cerdeira, Maria Cecília Sousa de Castro","doi":"10.15687/rec.v16i2.67277","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67277","url":null,"abstract":"Este artigo tem por interesse apresentar parte dos resultados de um projeto realizado com crianças matriculadas em uma instituição pública de ensino no Estado do Rio de Janeiro. Considerando a escola como o ‘espaçotempo’ de ‘fazerpensar’ com as crianças diversas formas de ser e estar no mundo, sendo atravessados pelas poéticas dos guetos, pelo gingado das ruas, pelas artes dos centros e das periferias. Nesse caminho, este estudo visa desenvolver uma relação de pertencimento com a cidade onde a escola está situada, a partir de conversas, fotografias, desenhos, passeios, buscaremos (re)conhecer lugares, identificando suas características culturais, éticas, poéticas, estéticas e sociais, buscando articulações entre nossas vivências na cidade. Os resultados indicam que os estudantes desenvolveram relação de pertencimento estabelecendo outros vínculos com o lugar onde moram a partir das situações partilhadas nas andanças pela cidade.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135989945","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.15687/rec.v16i2.67331
Idilea Thomaz de Aquino Pereira, Gilcilene de Oliveira Damasceno Barão, Leandro Sartori
O artigo apresenta inventário sobre o processo de formação política e cultural desenvolvido numa escola municipal pública e que desde a sua criação (1987) mantém as referências educativas baseadas nas utopias dos movimentos sociais e populares dos anos de 1980 e, assim, materializam o princípio constitucional da gestão democrática. Para isso, o foco é o processo de organização da participação estudantil, desde a pré-escola aos anos iniciais do ensino fundamental. Ao analisar este objeto lidamos com alguns documentos, como a legislação referente a formação dos grêmios escolares e levantamento bibliográfico. Nossas conclusões apontam que o trabalho desenvolvido com os estudantes desta escola tenta formar e emancipar os sujeitos; há um investimento constante na formação político-pedagógica, dando desdobramentos às práticas curriculares que subsidiem o desenvolvimento intelectual e que contribuam para a formação de sujeitos que defendam com consistência seus pontos de vista e que se tornem pessoas comprometidas com a coletividade e com as transformações sociais.
{"title":"PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL","authors":"Idilea Thomaz de Aquino Pereira, Gilcilene de Oliveira Damasceno Barão, Leandro Sartori","doi":"10.15687/rec.v16i2.67331","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67331","url":null,"abstract":"O artigo apresenta inventário sobre o processo de formação política e cultural desenvolvido numa escola municipal pública e que desde a sua criação (1987) mantém as referências educativas baseadas nas utopias dos movimentos sociais e populares dos anos de 1980 e, assim, materializam o princípio constitucional da gestão democrática. Para isso, o foco é o processo de organização da participação estudantil, desde a pré-escola aos anos iniciais do ensino fundamental. Ao analisar este objeto lidamos com alguns documentos, como a legislação referente a formação dos grêmios escolares e levantamento bibliográfico. Nossas conclusões apontam que o trabalho desenvolvido com os estudantes desta escola tenta formar e emancipar os sujeitos; há um investimento constante na formação político-pedagógica, dando desdobramentos às práticas curriculares que subsidiem o desenvolvimento intelectual e que contribuam para a formação de sujeitos que defendam com consistência seus pontos de vista e que se tornem pessoas comprometidas com a coletividade e com as transformações sociais.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135990289","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.15687/rec.v16i2.67268
Nielson Rosa Bezerra, Bruna Maria Almeida Luiz
O artigo risca os caminhos a partir dos saberes assentados nas práticas afro-brasileiras e indígenas com a orientação do professor ancestral Pai Joaquim da Calunga, um Preto Velho que baixa em um Terreiro de Umbanda localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Rodopiando nos moldes civilizatórios de uma cultura hegemônica, cruzando possibilidades outras de ser e estar no mundo, incitando a própria potência criativa de estudantes, com a Banda e a Quimbanda, misturando corpos plurais que circulam nos espaços escolares e que muitas vezes incutem a ideia de serem fadados a determinados fins negativos nas periferias, é que vamos fazer a gira girar. Na lógica de uma Educação como experiência de liberdade do ser e de acúmulo e troca de força vital, como axé, a responsabilidade é firmar ponto em um pedaço de cipó curricular e desatar os nós da violência colonial, exercitando a fluidez dos diversos caminhos possíveis. Portanto, esse artigo parte de uma ideia de que nem sempre é possível evitar a morte do corpo físico, mas é possível reencantar o mundo através da potência de vida.
这篇文章在父亲Joaquim da Calunga的指导下,从非洲裔巴西人和土著实践中的知识中开辟了道路。Joaquim da Calunga是一位老黑人,在里约热内卢北部的乌班达的一个土地上倒下。* *我们模具civilizatórios霸权文化,其他的机会和在世界,鼓励学生的创造性能力,乐队和Quimbanda复数,混合具操作空间建设常常激发的想法注定某些目的-对,我们可爱的转圈。在教育的逻辑中,作为一种存在自由的体验,作为一种生命力的积累和交换,作为一种axe,责任是在课程的一部分上确立一个点,解开殖民暴力的结,锻炼各种可能路径的流动性。因此,这篇文章的出发点是,肉体的死亡并不总是可以避免的,但通过生命的力量重新吸引世界是可能的。
{"title":"NEGO VEIO PROFESSOR","authors":"Nielson Rosa Bezerra, Bruna Maria Almeida Luiz","doi":"10.15687/rec.v16i2.67268","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67268","url":null,"abstract":"O artigo risca os caminhos a partir dos saberes assentados nas práticas afro-brasileiras e indígenas com a orientação do professor ancestral Pai Joaquim da Calunga, um Preto Velho que baixa em um Terreiro de Umbanda localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Rodopiando nos moldes civilizatórios de uma cultura hegemônica, cruzando possibilidades outras de ser e estar no mundo, incitando a própria potência criativa de estudantes, com a Banda e a Quimbanda, misturando corpos plurais que circulam nos espaços escolares e que muitas vezes incutem a ideia de serem fadados a determinados fins negativos nas periferias, é que vamos fazer a gira girar. Na lógica de uma Educação como experiência de liberdade do ser e de acúmulo e troca de força vital, como axé, a responsabilidade é firmar ponto em um pedaço de cipó curricular e desatar os nós da violência colonial, exercitando a fluidez dos diversos caminhos possíveis. Portanto, esse artigo parte de uma ideia de que nem sempre é possível evitar a morte do corpo físico, mas é possível reencantar o mundo através da potência de vida.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135990294","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-30DOI: 10.15687/rec.v16i2.67402
Pedro Adjedan David de Sousa, Cícero Magérbio Gomes Torres, Marcia de Sousa Figueiredo
A construção das identidades passa por um processo de socialização, e relação com as culturas através dos percursos formativos, agregando elementos articulados pelas instituições educativas formais e não formais. A Arqueologia Social Inclusiva, na Fundação Casa Grande, em Nova Olinda-CE, constitui-se em uma prática formativa que fomenta o resgate da memória, das identidades e liga os sujeitos as culturas, a história, a geografia do lugar e os materiais tangíveis e intangíveis que compõem o campo da educação, construindo pertencimento através de uma pedagogia performática, numa relação entre currículo oculto, educação e cultura. O objetivo central da pesquisa foi analisar a Arqueologia Social Inclusiva como ferramenta de formação na Fundação Casa Grande em Nova Olinda – CE, bem como suas aproximações com as culturas, as identidades e o processo educativo não formal de crianças e adolescentes atendidas. Para tanto, fez-se necessário um diálogo de aporte teórico acerca dos significados da cultura, da educação, do currículo, da relação entre currículo e cultura e a construção das identidades. Desenvolveu-se uma pesquisa etnográfica, através de observação participante, com grupos focais e aplicação de questionários semiestruturados. Os dados foram processados por meio da análise de conteúdo, apresentados no percurso do texto, através de abordagem qualitativa. Concluiu-se que a Fundação Casa Grande possui um papel de protagonismo no Cariri em função de suas práticas educativas emancipatórias e de valorização da memória e das produções etnográficas, além de levar em consideração os pressupostos da Arqueologia Social Inclusiva como instrumento de formação do currículo não formal.
身份的构建经历了一个社会化的过程,以及通过形成路径与文化的关系,增加了正规和非正规教育机构所阐明的元素。考古社会包容的基础上,在新奥林的房子,是形成一个循环,促进记忆的赎金,身份打前面的地方,文化,历史,地理和有形和无形的材料组成的教育,即通过教育表现,在课程方面,教育和文化之间的关系。本研究的主要目的是分析在Nova Olinda - CE的fundacao Casa Grande作为培训工具的包容性社会考古学,以及它与儿童和青少年的文化、身份和非正规教育过程的方法。因此,有必要就文化、教育、课程的意义、课程与文化的关系以及身份的构建进行理论对话。通过焦点小组和半结构化问卷的参与观察,开展了民族志研究。数据通过内容分析进行处理,通过定性方法在文本路径中呈现。结论是,fundacao Casa Grande在Cariri中发挥着主导作用,因为它的解放教育实践和对记忆和民族志产品的欣赏,并考虑到包容性社会考古学作为非正式课程形成工具的假设。
{"title":"CURRICULO E IDENTIDADES","authors":"Pedro Adjedan David de Sousa, Cícero Magérbio Gomes Torres, Marcia de Sousa Figueiredo","doi":"10.15687/rec.v16i2.67402","DOIUrl":"https://doi.org/10.15687/rec.v16i2.67402","url":null,"abstract":"A construção das identidades passa por um processo de socialização, e relação com as culturas através dos percursos formativos, agregando elementos articulados pelas instituições educativas formais e não formais. A Arqueologia Social Inclusiva, na Fundação Casa Grande, em Nova Olinda-CE, constitui-se em uma prática formativa que fomenta o resgate da memória, das identidades e liga os sujeitos as culturas, a história, a geografia do lugar e os materiais tangíveis e intangíveis que compõem o campo da educação, construindo pertencimento através de uma pedagogia performática, numa relação entre currículo oculto, educação e cultura. O objetivo central da pesquisa foi analisar a Arqueologia Social Inclusiva como ferramenta de formação na Fundação Casa Grande em Nova Olinda – CE, bem como suas aproximações com as culturas, as identidades e o processo educativo não formal de crianças e adolescentes atendidas. Para tanto, fez-se necessário um diálogo de aporte teórico acerca dos significados da cultura, da educação, do currículo, da relação entre currículo e cultura e a construção das identidades. Desenvolveu-se uma pesquisa etnográfica, através de observação participante, com grupos focais e aplicação de questionários semiestruturados. Os dados foram processados por meio da análise de conteúdo, apresentados no percurso do texto, através de abordagem qualitativa. Concluiu-se que a Fundação Casa Grande possui um papel de protagonismo no Cariri em função de suas práticas educativas emancipatórias e de valorização da memória e das produções etnográficas, além de levar em consideração os pressupostos da Arqueologia Social Inclusiva como instrumento de formação do currículo não formal.","PeriodicalId":30224,"journal":{"name":"Revista Espaco do Curriculo","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136241371","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}