{"title":"Teologia a partir de Práxis de Libertação","authors":"Antônio Lisboa, Karolayne Maria V. C. de Moraes","doi":"10.23925/rct.i104.59928","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O contexto latino-americano é marcado, há séculos, pela realidade de dominação e exploração dos povos mais vulneráveis. Hoje, apesar de contornos diferentes, essa problemática permanece ferindo a dignidade de muitos povos. A pergunta fundamental que devemos fazer é: como a Teologia pode ajudar a pensar criticamente essa conjuntura e desencadear um processo de emancipação dela? Um dos caminhos avistados trata-se da necessidade eminente de recuperar o sentido e o significado da ação e da prática como mediação fundamental do teologizar latino-americano, essencial para entender o que se desenhou no universo teológico como teologia da libertação e que pode contribuir muito para a vivência da fé cristã na realidade hodierna. Pensar a ação e a prática, defendidas respectivamente por José Comblin e Hugo Assmann, corresponde a um processo de formação da consciência que permite olhar criticamente para a realidade e compreender a situação concreta de povos dominados, como o lugar referencial donde parte e para onde deve retornar à tematização crítica daquilo que se encontra, muitas vezes, num nível de semi-expressão, ou de teorização acadêmica, sem incidência na vida real e concreta dos indivíduos. Objetiva-se, portanto, com essa proposta, uma apresentação expositiva do significado teológico-existencial dos termos ação e prática segundo os respectivos autores José Comblin e Hugo Assmann, a partir de uma análise bibliográfica. Pode-se dizer, desde já, que viver a ação e a prática significa assumir a história como lugar da ação de Deus, por meio do Espírito, que age em cada um de nós e nos impele a viver uma vida de conversão e testemunho.","PeriodicalId":40681,"journal":{"name":"Revista de Cultura Teologica","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-04-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Cultura Teologica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/rct.i104.59928","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"RELIGION","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O contexto latino-americano é marcado, há séculos, pela realidade de dominação e exploração dos povos mais vulneráveis. Hoje, apesar de contornos diferentes, essa problemática permanece ferindo a dignidade de muitos povos. A pergunta fundamental que devemos fazer é: como a Teologia pode ajudar a pensar criticamente essa conjuntura e desencadear um processo de emancipação dela? Um dos caminhos avistados trata-se da necessidade eminente de recuperar o sentido e o significado da ação e da prática como mediação fundamental do teologizar latino-americano, essencial para entender o que se desenhou no universo teológico como teologia da libertação e que pode contribuir muito para a vivência da fé cristã na realidade hodierna. Pensar a ação e a prática, defendidas respectivamente por José Comblin e Hugo Assmann, corresponde a um processo de formação da consciência que permite olhar criticamente para a realidade e compreender a situação concreta de povos dominados, como o lugar referencial donde parte e para onde deve retornar à tematização crítica daquilo que se encontra, muitas vezes, num nível de semi-expressão, ou de teorização acadêmica, sem incidência na vida real e concreta dos indivíduos. Objetiva-se, portanto, com essa proposta, uma apresentação expositiva do significado teológico-existencial dos termos ação e prática segundo os respectivos autores José Comblin e Hugo Assmann, a partir de uma análise bibliográfica. Pode-se dizer, desde já, que viver a ação e a prática significa assumir a história como lugar da ação de Deus, por meio do Espírito, que age em cada um de nós e nos impele a viver uma vida de conversão e testemunho.