AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE MEDICINA RECÉM INGRESSOS NA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA (FMB-UFBA) SOBRE HIGIENE DAS MÃOS: ESTAÇÃO PRÁTICA DA LIGA ACADÊMICA DE INFECTOLOGIA DA BAHIA (LAIB)
Geser Mascarenhas de Barros, João Pedro Bastos Andrade, Caroline Castro Vieira, Thamires Souza Pires, Caroline Santos Carvalho, Lindracy Luara Bollis Caliari, Áurea Paste
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Abstract
A higienização das mãos é uma das medidas mais eficazes para prevenir a disseminação de doenças infecciosas. A rotina correta, seja com água e sabão ou álcool em gel, ajuda a eliminar a microbiota transitória presente na pele e, assim, evitar a contaminação nos serviços de saúde. Logo, é de suma importância que os médicos em formação saibam higienizar as mãos de maneira correta. Nosso objetivo é avaliar o conhecimento de estudantes recém-ingressos na Faculdade de Medicina da Bahia em 2023.1 acerca do tema através de uma estação prática. Foram utilizadas uma solução de tinta fluorescente diluída em creme hidratante e uma caixa de luz negra. Foram selecionados apenas acadêmicos do primeiro semestre de 2023. Cada participante (n = 28) foi orientado a esfregar a solução nas mãos de modo a simular um ato de higienização com álcool em gel ou sabonete, de maneira análoga ao que cada um julgava ser a prática correta. Em seguida, as mãos foram expostas à caixa de luz negra, cujas propriedades físico-químicas faziam a solução fluorescente brilhar nos locais que o creme conseguiu atingir – correspondendo a uma limpeza eficaz. Os 5 parâmetros anatômicos adotados para a avaliação da degermação adequada seguiram as diretrizes estipuladas pela Organização Mundial de Saúde (OMS): palma das mãos; dorso das mãos; espaços interdigitais; extremidades dos dedos e primeiro quirodáctilo. Em uma análise de desempenho individual frente aos critérios avaliados, 21% dos participantes obtiveram pontuação máxima (5/5 critérios); 36% obtiveram 4/5; 36% obtiveram 3/5; 3,5% obtiveram 2/5 e 3,5% obtiveram 1/5. Considerando a quantidade total de acertos frente a cada parâmetro avaliado, atingimos: palma das mãos (93%); dorso das mãos (86%); espaços interdigitais (54%); extremidades dos dedos (57%) e primeiro quirodáctilo (79%). As variáveis “espaços interdigitais” e “extremidades dos dedos” foram as mais negligenciadas pelos participantes, refletindo importante carência de conhecimento nesses quesitos. Ademais, apenas um percentual diminuto da amostra (21%) atingiu a marca que nossa equipe julgou como adequada para uma limpeza plena. Assim, visto que a mão é uma das maiores fontes de contaminação no contexto de cuidados em saúde, urge uma abordagem mais aprofundada em higiene das mãos durante a formação acadêmica, de modo a aprimorar a técnica e prevenir a disseminação de doenças infecciosas, especialmente em ambiente hospitalar. higienização de mãos educação médica educação em infectologia liga acadêmica controle de infecções