{"title":"impacto da religiosidade e da espiritualidade no cuidado do paciente oncológico: uma revisão integrativa da literatura","authors":"Letieli Adamcheski, Fernando Tureck","doi":"10.24302/rmedunc.v2.4722","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Inúmeros estudos têm sido feitos para elucidar a relação da espiritualidade e religiosidade com a saúde. O câncer, por sua vez, gera uma sensação de vulnerabilidade em quem recebe o diagnóstico, de modo que tais pacientes se voltam com maior intensidade para a dimensão espiritual. Dessa forma, o objetivo da presente pesquisa é identificar o papel da espiritualidade e religiosidade no cuidado do paciente oncológico, além de demonstrar seus efeitos sobre a qualidade de vida, saúde mental e escolhas terapêuticas de paciente com câncer. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão integrativa da literatura e foram utilizados descritores específicos nas bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO, nos idiomas português e inglês, buscando artigos publicados entre maio de 2017 e maio de 2022. Foram encontrados 262 artigos sobre o tema, os quais foram minuciosamente analisados e, deste montante, apenas 32 utilizados na revisão. Assim, a espiritualidade foi considerada uma forma de enfrentamento e força, além de aumentar a esperança e o bem-estar espiritual. Também foi associada ao menor desenvolvimento de ansiedade e depressão e redução dos sintomas psiquiátricos. Crenças religiosas fortes geraram menor arrependimento sobre escolhas de tratamento, porém foram relacionadas a piora do prognóstico e alienação sobre a doença. A espiritualidade foi associada a uma melhor qualidade de vida em pacientes oncológicos, bem como maior crescimento pós-traumático. Portanto, a inclinação espiritual e religiosa possui um papel importante na vida dos pacientes oncológicos, elevando qualidade de vida, bem-estar, saúde mental, aceitação e enfrentamento da doença.","PeriodicalId":476978,"journal":{"name":"Revista de Medicina UNC","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Medicina UNC","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24302/rmedunc.v2.4722","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Inúmeros estudos têm sido feitos para elucidar a relação da espiritualidade e religiosidade com a saúde. O câncer, por sua vez, gera uma sensação de vulnerabilidade em quem recebe o diagnóstico, de modo que tais pacientes se voltam com maior intensidade para a dimensão espiritual. Dessa forma, o objetivo da presente pesquisa é identificar o papel da espiritualidade e religiosidade no cuidado do paciente oncológico, além de demonstrar seus efeitos sobre a qualidade de vida, saúde mental e escolhas terapêuticas de paciente com câncer. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão integrativa da literatura e foram utilizados descritores específicos nas bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO, nos idiomas português e inglês, buscando artigos publicados entre maio de 2017 e maio de 2022. Foram encontrados 262 artigos sobre o tema, os quais foram minuciosamente analisados e, deste montante, apenas 32 utilizados na revisão. Assim, a espiritualidade foi considerada uma forma de enfrentamento e força, além de aumentar a esperança e o bem-estar espiritual. Também foi associada ao menor desenvolvimento de ansiedade e depressão e redução dos sintomas psiquiátricos. Crenças religiosas fortes geraram menor arrependimento sobre escolhas de tratamento, porém foram relacionadas a piora do prognóstico e alienação sobre a doença. A espiritualidade foi associada a uma melhor qualidade de vida em pacientes oncológicos, bem como maior crescimento pós-traumático. Portanto, a inclinação espiritual e religiosa possui um papel importante na vida dos pacientes oncológicos, elevando qualidade de vida, bem-estar, saúde mental, aceitação e enfrentamento da doença.