{"title":"Gênero, \"raça\" e educação: em defesa de uma abordagem decolonial do currículo escolar e das práticas pedagógicas","authors":"Vagner Matias do Prado, C. Faria","doi":"10.5216/rp.v34i1.77915","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O discurso falocêntrico ainda é muito vivo na sociedade brasileira. Essa vividez é um dos reflexos dos processos históricos, sociais e culturais, em que os diferentes corpos se encontram, regulados em uma matriz de poder masculina/heterossexual/reprodutiva/branca/cristã que produz desigualdades. Dessa forma, este artigo tem como objetivo problematizar as relações entre currículo escolar, gênero e a partir da perspectiva decolonial. Para isso, e inspirados no método ensaístico, analisamos os estudos de autores e autoras que relacionam o currículo, a colonialidade do poder e a construção do gênero como produção de uma sociedade que reitera valores excludentes. Entendemos que as práticas escolares precisam contextualizar a realidade que vivenciamos e, sobretudo, tensionar processos histórico, social e cultural que constroem e regulam as diferentes subjetividades. Apontamos como caminho a decolonização do currículo escolar e o investimento em discussões que interseccionem a categoria de análise social com os marcadores de diferenças de classe e sexualidade.","PeriodicalId":115295,"journal":{"name":"Revista Polyphonía","volume":"136 15","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Polyphonía","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/rp.v34i1.77915","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O discurso falocêntrico ainda é muito vivo na sociedade brasileira. Essa vividez é um dos reflexos dos processos históricos, sociais e culturais, em que os diferentes corpos se encontram, regulados em uma matriz de poder masculina/heterossexual/reprodutiva/branca/cristã que produz desigualdades. Dessa forma, este artigo tem como objetivo problematizar as relações entre currículo escolar, gênero e a partir da perspectiva decolonial. Para isso, e inspirados no método ensaístico, analisamos os estudos de autores e autoras que relacionam o currículo, a colonialidade do poder e a construção do gênero como produção de uma sociedade que reitera valores excludentes. Entendemos que as práticas escolares precisam contextualizar a realidade que vivenciamos e, sobretudo, tensionar processos histórico, social e cultural que constroem e regulam as diferentes subjetividades. Apontamos como caminho a decolonização do currículo escolar e o investimento em discussões que interseccionem a categoria de análise social com os marcadores de diferenças de classe e sexualidade.