Luís Artur Santiago dos Santos, Mirna Marques da Fonsêca, Helena França Correia
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Abstract
Introdução: Trauma é um dano causado por exposição, de maneira exacerbada, a concentrações energéticas que ultrapassam a linha de tolerância, ou a fatores que afetem a energia do indivíduo. Apesar de os traumas infantis acontecerem de forma casual, há, no mundo, um importante crescimento da morbimortalidade envolvendo crianças. A hospitalização de crianças, como resultante de trauma e, principalmente, a gravidade do quadro que levou à necessidade de admissão em terapia intensiva podem gerar uma série de impactos para a manutenção e o desenvolvimento neuropsicomotor desses indivíduos. Objetivo: analisar o perfil clínico-funcional da admissão de pacientes pediátricos vítimas de trauma em unidade de terapia intensiva (UTI). Metodologia: trata-se de um estudo transversal com crianças e adolescentes vítimas de trauma, de ambos os sexos, com idade entre 29 dias e 18 anos incompletos. A investigação das alterações funcionais foi realizada quando da admissão na UTI por meio dos escores da Functional Status Scale (FSS), que é composta por seis domínios: estado mental, sensório, comunicação, função motora, alimentação e respiração. Resultados: um total de 90 crianças e adolescentes internados na UTI, que permaneceram por, no mínimo, 24 horas, foram selecionados. Desses, três pacientes não atenderam aos critérios de inclusão e dois apresentavam distúrbio neuromotor prévio e não foram incluídos, permanecendo 85 pacientes na amostra. O perfil clínico da amostra foi: maioria do sexo masculino, com mediana de idade 7,0 (7,0-11,5) anos, internados predominantemente por politraumatismo contuso com limitação funcional muito grave (40%). Conclusão: a maioria das crianças e adolescentes internados na UTI devido a trauma são do sexo masculino, com idade pré-escolar e com histórico de independência funcional prévia, porém apresentando importantes limitações funcionais na admissão.