{"title":"AGRESSIVAMENTE PACÍFICO UMA RESENHA DE “A FORÇA DA NÃO VIOLÊNCIA: UM VÍNCULO ÉTICO-POLÍTICO” (JUDITH BUTLER)","authors":"Fernando Caetano","doi":"10.26668/indexlawjournals/2358-1352/2023.v34i13.9425","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Todas as formas de vida deveriam ser dignas de igualdade jurídica e social. Desta forma, torna-se um imperativo ético a adoção de um princípio geral de não violência que reconheça que a vida é sempre igualmente digna de luto. Esse compromisso ético precisa se opor agressivamente ao antropocentrismo individualista, ao racismo estrutural, à violência climática e ambiental em todas as suas formas, ao colonialismo, ao machismo, à misoginia, as fobias e discriminações também sistêmicas das minorias com bases identitárias definidas a partir do sexo/gênero e ou diversidade, as desigualdades de classe, em resumo, se opor à política de violência de Estado. Esse compromisso, aparentemente utópico e essencialmente contra realista proposto por Butler, defende uma interdependência ao mesmo tempo originária e transformadora.","PeriodicalId":30997,"journal":{"name":"Revista de Direito Brasileira","volume":"13 19","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Direito Brasileira","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26668/indexlawjournals/2358-1352/2023.v34i13.9425","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Todas as formas de vida deveriam ser dignas de igualdade jurídica e social. Desta forma, torna-se um imperativo ético a adoção de um princípio geral de não violência que reconheça que a vida é sempre igualmente digna de luto. Esse compromisso ético precisa se opor agressivamente ao antropocentrismo individualista, ao racismo estrutural, à violência climática e ambiental em todas as suas formas, ao colonialismo, ao machismo, à misoginia, as fobias e discriminações também sistêmicas das minorias com bases identitárias definidas a partir do sexo/gênero e ou diversidade, as desigualdades de classe, em resumo, se opor à política de violência de Estado. Esse compromisso, aparentemente utópico e essencialmente contra realista proposto por Butler, defende uma interdependência ao mesmo tempo originária e transformadora.