Mariana Ruiz Frazão do Nascimento, Daniel Leonel da Rocha, Sandy Sampaio Videira, Ivana Miguel de Souza, Cláudia Duarte Cunha
{"title":"BIOSSOLUBILIZAÇÃO DE ROCHAS E RESÍDUOS DE ROCHAS COMO FONTES ALTERNATIVAS DE FERTILIZANTES PARA A AGRICULTURA","authors":"Mariana Ruiz Frazão do Nascimento, Daniel Leonel da Rocha, Sandy Sampaio Videira, Ivana Miguel de Souza, Cláudia Duarte Cunha","doi":"10.24933/rep.v7i2.313","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O potássio (K) é um nutriente essencial para todos os organismos vivos, sendo um macronutriente fundamental para o desenvolvimento das plantas. As rochas que possuem elevados teores de potássio podem ser aproveitadas como fontes alternativas de fertilizantes para aplicação direta no solo, com o objetivo de atender a alta demanda agrícola brasileira, reduzindo assim, a dependência da importação de fertilizantes. Além disso, é sabido que muitos microrganismos presentes no solo têm a capacidade de solubilizar o potássio contido nos minerais. Nesse contexto, o presente estudo buscou avaliar o potencial de bactérias isoladas de um solo tropical, na solubilização do potássio presente em rochas e resíduos de rocha. Foram isoladas 72 estirpes bacterianas, das quais 5 apresentaram potencial para biossolubilização de potássio, a partir do teste de halo. Os ensaios de biossolubilização de potássio in vitro utilizando as estirpes selecionadas foram realizados em meio Aleksandrov, com a adição do pó de rocha como única fonte de potássio no meio. Os resultados mostraram que todas as estirpes bacterianas selecionadas foram capazes de solubilizar o potássio presente nos pós de rocha. Dentre as estirpes testadas, a IA13 se destacou por ter apresentado o maior percentual de extração de potássio em relação ao controle abiótico (259,82% para a Amostra 8, 300% para a Amazonita e 216,13% para o Kamafugito). Dessa forma, as estirpes bacterianas avaliadas neste estudo demonstraram potencial para serem testadas em processos biohidrometalúrgicos. Esses resultados são considerados promissores, frente aos desafios e a complexidade da remoção de potássio por rota biológica.","PeriodicalId":21320,"journal":{"name":"Revista Ensaios Pioneiros","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ensaios Pioneiros","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24933/rep.v7i2.313","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O potássio (K) é um nutriente essencial para todos os organismos vivos, sendo um macronutriente fundamental para o desenvolvimento das plantas. As rochas que possuem elevados teores de potássio podem ser aproveitadas como fontes alternativas de fertilizantes para aplicação direta no solo, com o objetivo de atender a alta demanda agrícola brasileira, reduzindo assim, a dependência da importação de fertilizantes. Além disso, é sabido que muitos microrganismos presentes no solo têm a capacidade de solubilizar o potássio contido nos minerais. Nesse contexto, o presente estudo buscou avaliar o potencial de bactérias isoladas de um solo tropical, na solubilização do potássio presente em rochas e resíduos de rocha. Foram isoladas 72 estirpes bacterianas, das quais 5 apresentaram potencial para biossolubilização de potássio, a partir do teste de halo. Os ensaios de biossolubilização de potássio in vitro utilizando as estirpes selecionadas foram realizados em meio Aleksandrov, com a adição do pó de rocha como única fonte de potássio no meio. Os resultados mostraram que todas as estirpes bacterianas selecionadas foram capazes de solubilizar o potássio presente nos pós de rocha. Dentre as estirpes testadas, a IA13 se destacou por ter apresentado o maior percentual de extração de potássio em relação ao controle abiótico (259,82% para a Amostra 8, 300% para a Amazonita e 216,13% para o Kamafugito). Dessa forma, as estirpes bacterianas avaliadas neste estudo demonstraram potencial para serem testadas em processos biohidrometalúrgicos. Esses resultados são considerados promissores, frente aos desafios e a complexidade da remoção de potássio por rota biológica.