{"title":"O gênero epistolar: gênese das obras, gênese de si","authors":"José-Luiz Diaz, L. F. Ferreira","doi":"10.11606/issn.2596-2477.i50p222-228","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo recorre ao gênero epistolar para indicar a possibilidade de uma compreensão mais ampla dos processos criativos em literatura no século XIX. Busca-se aqui a sistematização dos modos de se entrever, na correspondência, os estágios iniciais da redação, os planos de obras e os dilemas dos autores ao longo do tempo. Destacam-se os “titubeios”, os horizontes estéticos ainda em formação, os desejos e as ambições individuais; tais diálogos, abrigados nas correspondências de escritor (Stendhal, Balzac, Sand, Musset, Flaubert, Zola, Mallarmé, Rimbaud etc.), emergem como elemento incontornável à compreensão dos processos de redação e, consequentemente, do espaço polifônico em que suas obras se produzem. Destaca-se ainda, aqui, a evolução do gênero epistolar, sublinhando sua capacidade de constituir o “laboratório de escrita” que se abre para leitura.","PeriodicalId":426966,"journal":{"name":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","volume":"30 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i50p222-228","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo recorre ao gênero epistolar para indicar a possibilidade de uma compreensão mais ampla dos processos criativos em literatura no século XIX. Busca-se aqui a sistematização dos modos de se entrever, na correspondência, os estágios iniciais da redação, os planos de obras e os dilemas dos autores ao longo do tempo. Destacam-se os “titubeios”, os horizontes estéticos ainda em formação, os desejos e as ambições individuais; tais diálogos, abrigados nas correspondências de escritor (Stendhal, Balzac, Sand, Musset, Flaubert, Zola, Mallarmé, Rimbaud etc.), emergem como elemento incontornável à compreensão dos processos de redação e, consequentemente, do espaço polifônico em que suas obras se produzem. Destaca-se ainda, aqui, a evolução do gênero epistolar, sublinhando sua capacidade de constituir o “laboratório de escrita” que se abre para leitura.