{"title":"A correspondência como arquivo sonoro da poesia: Mário de Andrade & Manuel Bandeira","authors":"Marcelo Maraninchi","doi":"10.11606/issn.2596-2477.i50p101-121","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo trata da criação poética modernista, em particular da gênese de Pauliceia desvairada, em sua relação com a voz e a recitação literária. Explora, para isso, a correspondência de Mário de Andrade e Manuel Bandeira, entendida como “arquivo da criação”, testemunho escrito de um processo genético que passa pela arte de dizer. As cartas documentam a leitura em voz alta e a recitação – muito difundidas no começo do século 20 e essenciais para a vanguarda, assim como a recepção crítica de Manuel Bandeira, ouvinte e leitor. Segundo o argumento, a correspondência permite suprir em parte a falta do registro sonoro, lastreando uma compreensão de Pauliceia, e da poesia de Mário de Andrade, para além do regime impresso.","PeriodicalId":426966,"journal":{"name":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","volume":"27 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Manuscrítica: Revista de Crítica Genética","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i50p101-121","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Este artigo trata da criação poética modernista, em particular da gênese de Pauliceia desvairada, em sua relação com a voz e a recitação literária. Explora, para isso, a correspondência de Mário de Andrade e Manuel Bandeira, entendida como “arquivo da criação”, testemunho escrito de um processo genético que passa pela arte de dizer. As cartas documentam a leitura em voz alta e a recitação – muito difundidas no começo do século 20 e essenciais para a vanguarda, assim como a recepção crítica de Manuel Bandeira, ouvinte e leitor. Segundo o argumento, a correspondência permite suprir em parte a falta do registro sonoro, lastreando uma compreensão de Pauliceia, e da poesia de Mário de Andrade, para além do regime impresso.