Mario Madureira, Alexandre Sampaio Moura, Rosa Malena
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Abstract
Objetivo: analisar os fatores associados a sintomas ansiosos e depressivos de alunos do internato interprofissional da Santa Casa de Belo Horizonte. Analisou-se também a autopercepção de aprendizagem e satisfação. Método: estudo transversal no qual analisou-se os fatores associados a sintomas ansiosos e depressivos estimados pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada (GAD-7) e pelo Questionário de Saúde do Paciente (PHQ-9) em alunos de um internato interprofissional de enfrentamento à COVID-19. Ao final do internato, analisou-se a percepção do alcance dos objetivos de aprendizagem e a experiência do aluno utilizando Net Promoter Score (NPS). Resultado: entre os 92 alunos analisados, 22 (23,9%) apresentaram escores elevados para sintomas ansiosos e 26 (28,3%) para sintomas depressivos. A frequência de sintomas ansiosos foi maior entre alunos de farmácia quando comparados aos de medicina ou enfermagem (42,9%, 28,9%, 9,7%, respectivamente, p=0,035). Sintomas ansiosos foram menos frequentes entre alunos que sempre tiveram acesso a equipamento de proteção individual (EPI) quando comparados aos demais (17,7% vs. 36,7%; p=0,046). Alunos que tiveram sintomas de COVID-19, quando comparados aos demais, apresentaram maior frequência de sintomas ansiosos (44,1% vs. 12,1%; p=0,001) e depressivos (41,2% vs. 20,7%; p=0,035). O atendimento a pacientes com COVID-19 não esteve associado a sintomas depressivos nem ansiosos. Observou-se alto nível de percepção do alcance dos objetivos de aprendizagem, maior entre estudantes de enfermagem. O escore geral do NPS foi de 70, com maior frequência de promotores entre alunos de enfermagem (90%), quando comparados aos de farmácia (67%) e medicina (62%). Conclusão: sintomas ansiosos estiveram associados à categoria profissional, acesso a EPI e história prévia de sintomas de COVID-19. A percepção do alcance de objetivos propostos foi elevada e o escore NPS foi satisfatório, com maior proporção de promotores na enfermagem.