Ana María Sousa Neves Vieira, Ricardo Vieira, J. Marques
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Abstract
Lidar com toda a diversidade que está patente hoje nas escolas contemporâneas implica recorrer a ferramentas da pedagogia social e, particularmente, da mediação intercultural ao serviço da mediação escolar e/ou sociopedagógica. Só desta forma a escola poderá responder à crescente heterogeneidade da sociedade contemporânea que se visibiliza cada vez mais na escola, isto se não se pretender enveredar por atitudes e práticas uniformizadoras e assimilacionistas. Na escola refletem-se muitos dos problemas sociais do mundo de hoje. A escola é, ela própria, parte da realidade social. Consequentemente, muitas das questões que surgem na escola, em consequência do aumento substancial da multiculturalidade dos seus públicos, fogem à função tradicional do professor. É por isso que é importante pensar que o espaço escolar não deverá ser um território exclusivo de professores e alunos, mas que deverá ser também dinamizado e intervencionado com educadores sociais que atuem em vertentes mais socioculturais e sociopedagógicas, que cultivem outro tipo de relacionamento com os alunos, que tenham uma perspetiva diferente das realidades de cada um, e que procurem, fora da escola, também, a compreensão e a ajuda para a resolução desses mesmos problemas. Estes profissionais especializados são fulcrais para que se faça um trabalho de prevenção e de mediação, no sentido de evitar situações que poderiam ser evitadas antes das situações extremadas como sejam o bullying ou a indisciplina na escola. A partir da análise da literatura relevante, o artigo tem como objetivo explorar e comparar a emergência da pedagogia social e da mediação intercultural nas escolas contemporâneas em vários países e, particularmente, em Portugal, como estratégia disciplinar e/ou profissional de educadores socais na promoção da inclusão social, convivência e trabalho em rede entre a escola, famílias e comunidades.