{"title":"Pequenas palavras e outras formas de resistência em Uma menina está perdida no seu século à procura do pai, de Gonçalo M. Tavares","authors":"Ibrahim Alisson Yamakawa","doi":"10.37508/rcl.2024.n51a542","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Recorrendo a uma escrita seca e fragmentária, Gonçalo M. Tavares, em Uma menina está perdida no seu século à procura do pai, combina palavras com outros códigos simbólicos (números, pontos, traços) e, no vão entre essas ligações raras, faz com que o silêncio e o vazio, e de modo especial, formas de “silêncio do vazio” expressem o indizível e o inefável. Essa presença confirma o esforço de recriação da escrita literária nesse contexto de crise e de desumanização da linguagem. A partir do encontro das personagens protagonistas desse romance com Agam Josh, o artista, discute-se a possibilidade do “silêncio do vazio” poder oferecer resistência ao eco das palavras e à superficialidade do quotidiano ao dizer o indizível. Para tanto, as referências amparam-se em Paz (2012), Tofalini (2020) e nos escritos de Gonçalo M. Tavares.","PeriodicalId":500160,"journal":{"name":"Convergência Lusíada","volume":"33 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Convergência Lusíada","FirstCategoryId":"0","ListUrlMain":"https://doi.org/10.37508/rcl.2024.n51a542","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Recorrendo a uma escrita seca e fragmentária, Gonçalo M. Tavares, em Uma menina está perdida no seu século à procura do pai, combina palavras com outros códigos simbólicos (números, pontos, traços) e, no vão entre essas ligações raras, faz com que o silêncio e o vazio, e de modo especial, formas de “silêncio do vazio” expressem o indizível e o inefável. Essa presença confirma o esforço de recriação da escrita literária nesse contexto de crise e de desumanização da linguagem. A partir do encontro das personagens protagonistas desse romance com Agam Josh, o artista, discute-se a possibilidade do “silêncio do vazio” poder oferecer resistência ao eco das palavras e à superficialidade do quotidiano ao dizer o indizível. Para tanto, as referências amparam-se em Paz (2012), Tofalini (2020) e nos escritos de Gonçalo M. Tavares.