{"title":"DOMÍNIO LINGUÍSTICO E SISTEMAS SOCIAIS MULTIESPÉCIES","authors":"Beto Vianna","doi":"10.21665/2318-3888.v11n22p76-93","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Os linguistas sempre debateram a ontologia da diversidade linguística humana, se é o produto superficial de uma capacidade biológica ou psicológica comum, ou se é inerente às necessidades comunicacionais e experiências socioculturais da nossa espécie. Em ambos os casos, privilegia-se o código linguístico como locus de investigação, um modelo em que a linguagem é gerada por uma fisiologia ou uma cognição humanas, separando o linguístico (fatores internos ao código) do não linguístico (fatores externos, sociais, psicológicos, ambientais). No caminho explicativo da Biologia do Conhecer, o comportamento guia as mudanças estruturais, e não o inverso. A linhagem humana se constitui na deriva histórica (evolutiva e ontogênica) das coordenações de ações, um domínio linguístico comportamental em que se conserva o fenótipo ontogênico humano. Esse outro modo de ver a relação entre comportamento e fisiologia nos permite considerar historicamente não só o estabelecimento de domínios linguísticos, mas a formação dos sistemas sociais, humanos ou não, incluindo coderivas ontogênicas, que envolvem as relações entre humanos e outros organismos, em socialidades multiespécies.","PeriodicalId":297259,"journal":{"name":"Revista Ambivalências","volume":"21 11","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-02-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Ambivalências","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21665/2318-3888.v11n22p76-93","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Os linguistas sempre debateram a ontologia da diversidade linguística humana, se é o produto superficial de uma capacidade biológica ou psicológica comum, ou se é inerente às necessidades comunicacionais e experiências socioculturais da nossa espécie. Em ambos os casos, privilegia-se o código linguístico como locus de investigação, um modelo em que a linguagem é gerada por uma fisiologia ou uma cognição humanas, separando o linguístico (fatores internos ao código) do não linguístico (fatores externos, sociais, psicológicos, ambientais). No caminho explicativo da Biologia do Conhecer, o comportamento guia as mudanças estruturais, e não o inverso. A linhagem humana se constitui na deriva histórica (evolutiva e ontogênica) das coordenações de ações, um domínio linguístico comportamental em que se conserva o fenótipo ontogênico humano. Esse outro modo de ver a relação entre comportamento e fisiologia nos permite considerar historicamente não só o estabelecimento de domínios linguísticos, mas a formação dos sistemas sociais, humanos ou não, incluindo coderivas ontogênicas, que envolvem as relações entre humanos e outros organismos, em socialidades multiespécies.