Leandro Rodrigues Torres, Paulo Henrique Raulino dos Santos, Charles Albuquerque Ponte
{"title":"Bartleby entre as duas mortes","authors":"Leandro Rodrigues Torres, Paulo Henrique Raulino dos Santos, Charles Albuquerque Ponte","doi":"10.24302/prof.v11.4925","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta pesquisa faz uma análise da personagem Bartleby, do conto “Bartleby, o escriturário” (2012), escrito por Herman Melville. O foco é própria personagem e analisanda a partir da negatividade žižekiana situada entre a interpretação de Agamben (2015), Bartleby como o ser em potência, e a leitura patológica de Byung-Chul Han (2017). Esta análise considera que o escriturário é impedido de se configurar como sujeito por ser a pura subjetividade, de acordo com a teoria Lacaniana e, conforme Slavoj Žižek (2008; 2013; 2017), está no nível zero da humanidade. Assim, na diegese da obra, Bartleby é o Real sem a verdade Simbólica, sem uma estrutura de vida que possa ser organizada em uma narrativa. Sua experiência com o mundo não é traumática pela falta do embate entre o ideal do Eu e o Eu ideal. Na narrativa de Melville, o simbólico não mutila o Real, mas o Real mutila o simbólico.\nPalavras-chave: Bartleby; Materialismo lacaniano; Giorgio Agambem; Slavoj Žižek.","PeriodicalId":508059,"journal":{"name":"Profanações","volume":"4 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-03-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Profanações","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24302/prof.v11.4925","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Esta pesquisa faz uma análise da personagem Bartleby, do conto “Bartleby, o escriturário” (2012), escrito por Herman Melville. O foco é própria personagem e analisanda a partir da negatividade žižekiana situada entre a interpretação de Agamben (2015), Bartleby como o ser em potência, e a leitura patológica de Byung-Chul Han (2017). Esta análise considera que o escriturário é impedido de se configurar como sujeito por ser a pura subjetividade, de acordo com a teoria Lacaniana e, conforme Slavoj Žižek (2008; 2013; 2017), está no nível zero da humanidade. Assim, na diegese da obra, Bartleby é o Real sem a verdade Simbólica, sem uma estrutura de vida que possa ser organizada em uma narrativa. Sua experiência com o mundo não é traumática pela falta do embate entre o ideal do Eu e o Eu ideal. Na narrativa de Melville, o simbólico não mutila o Real, mas o Real mutila o simbólico.
Palavras-chave: Bartleby; Materialismo lacaniano; Giorgio Agambem; Slavoj Žižek.