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Abstract
Projetada em edição única, Navilouca é uma concentração de artistas subterrâneos no auge da ditadura militar. Organizada por Torquato Neto e Waly Salomão em 1972, se diferencia das revistas literárias tradicionais, por seu caráter extensivo e intersemiótico, com espaço para artes sensoriais. Neste cenário, a relevância do corpo é cultivada num campo que oferece cada vez mais espaço, privilegiando a liberdade, a experimentação e a visibilidade de propostas subversivas. Comentaremos o entrelaçamento entre corpo e obra através do texto “Da supressão do objeto (anotações)”, escrito por Lygia Clark para a Navilouca, onde é possível perceber a figuração de um corpo em movimento criativo. Este corpo se mostra ambíguo, e comporta, nem sempre de forma harmoniosa, um lado pleno, luminoso, e outro fragmentado, obscuro. Neste corpo em movimentação são revelados alguns pontos de fuga e decifrados os modos de resistência frente o embrutecimento da ditadura. Aqui, o objetivo será apresentar este trabalho de Lygia Clark e explorar a escritura da artista, suas anotações sobre a relação entre corpo e objeto, além de retomar as ponderações acerca da perda da autoria.