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Abstract
Temos como pressuposto que as recentes produções de informações digitais e tecnológicas do fim do século XX e do início do século XXI, aliadas aos avanços da biologia molecular, criam uma nova economia e política dos signos, assim como, novas possibilidades de construção de sujeitos e modos de governo. Há nesse movimento, a configuração de uma nova biopolítica em que os seres humanos têm sido produzidos em meio às suas capacidades de absorção nessas linguagens, promovendo armazenamentos e projeção de vida por meio de algoritmos e linguagem biomolecular. Nesses modos de produção da subjetividade, o ‘eu’ é transmutado em um ‘perfil’, forjado enquanto objeto de governamentalidade. Diante disso, consideramos que tais processos produzem possibilidades ontológicas e de governo, alicerçadas nos atuais modos de produção de informações sobre a sociedade e indivíduos, balizadas, sobretudo, por informações digitais e biomoleculares em práticas de algoritmização da vida no interior do capitalismo contemporâneo.