Rafael de Mattis Correia, Lucimary Afonso dos Santos, Vanderly Janeiro, Angela Maria Campagna
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Abstract
Introdução: a pandemia da covid-19 contribuiu para o surgimento ou agravamento de transtornos mentais, motivados pela ação direta do vírus ou alterações no contexto socioeconômico. Objetivo: realizar uma análise comparativa no uso de psicofármacos entre o período pré-pandêmico e pós-pandêmico. Metodologia: este estudo foi conduzido na Farmácia Básica Municipal de Paranavaí-PR. Foram coletados dados referentes aos psicofármacos, antidepressivos e ansiolíticos, entre 2019 e 2021. As variáveis foram o número de pacientes, de atendimentos e itens dispensados. Optou-se por ajustar o modelo de Regressão Binomial Negativo. Foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (Parecer n.º 5.295.815). Resultados: ao se comparar 2020 com 2019, o número de pacientes atendidos para quaisquer psicofármacos, para antidepressivos e para ansiolíticos, reduziu em cerca de 7% cada. O número de atendimentos para psicofármacos e antidepressivos reduziu cerca de 5% cada. Comparando-se 2021 com 2019, o número de pacientes atendidospara quaisquer psicofármacos e para ansiolíticos reduziu em 2,4%, 10,1%, respectivamente; mas, para os antidepressivos, aumentou 2,6%. Houve acréscimo expressivo no número de atendimentos para antidepressivos (10,4%). Considerando-se a quantidade de itens dispensados, houve aumento no consumo de quaisquer psicofármacos, aproximadamente 10% (2020) e 19% (2021). Analisando somente antidepressivos e ansiolíticos, aumentou 9% (2020) e 16% (2021) em comparação com 2019. Observou-se aumento no consumo em todas as faixas etárias, destacando-se a de 41-60 anos. Conclusão: foi observado que, mesmo com menor número de pacientes e/ou atendimentos realizados, houve acréscimo do consumo de psicofármacos, indicando possível aumento dos transtornos mentais causados pela pandemia da covid-19.