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Abstract
Introdução: tem-se observado que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) aumentam a vulnerabilidade da população em relação aos riscos de adoecimento e morte pela COVID-19, ao mesmo tempo em que sua relação com esta doença é sindêmica. Contudo, trabalhos anteriores não analisaram o período pandêmico e não levaram em conta a variável raça/cor e faixas etárias diferentes das de adultos nos estudos. Objetivo: destarte, objetivou-se compreender melhor as diferenças no perfil de morbidade hospitalar das doenças e condições endócrinas, nutricionais e metabólicas da população residente do município de Salvador-BA antes e depois da pandemia. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico ecológico descritivo, retrospectivo (2018-2021) e baseado em dados secundários provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do SUS para o cálculo do Indicador de Morbidade Hospitalar (IMH). Resultados: identificou-se aumento na frequência de internações em todas as causas específicas, entre 2018 e 2019, e diminuição, exceto no caso do diabetes mellitus, em 2020. Em 2021, destacou-se o aumento no número de internações por obesidade, o maior dos últimos 8 anos. As maiores variações do IMH (aumento) foram observadas na população negra para todas as causas específicas. Os indivíduos do sexo biológico masculino foram mais afetados na ocorrência de desnutrição e diabetes mellitus e, no caso do sexo feminino, de obesidade. Conclusão: destaca-se o aumento considerável do IMH na população infantil para desnutrição e sublinha-se a necessidade de garantir a implementação da Política Nacional de Saúde da População Negra.