Jorddan Javert Pereira, Yulla Soares da Silva, Fernanda De Moura Alves, Pedro Martins Bellei, Gustavo Henrique Ribeiro Viana, Kézia Katiani Gorza Scopel, Bruno Pires de Andrade, Jessica Corrêa Bezerra Bellei
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Abstract
Introdução: A malária continua sendo um grave problema de saúde pública mundial, dado os elevados índices anuais de morbimortalidade. O tratamento baseia-se no uso de medicamentos, entretanto, a resistência dos parasitos aos medicamentos disponíveis tem se tornado uma realidade alarmante, o que torna urgente o desenvolvimento de novos fármacos com atividade antimalárica. Em um estudo prévio, selecionou-se três alcaloides β-carbolínicos que apresentaram atividade antimalárica. Dessa forma, o presente trabalho se propôs a dar continuidade ao estudo dessas moléculas avaliando o perfil de metabolismo e toxicidade hepática. Objetivo: Avaliar o perfil de metabolismo e toxicidade hepática de três alcaloides β-carbolínicos (1, 2 e 3) selecionados em estudo prévio, que apresentaram atividade antimalárica in vitro e in vivo. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de abordagem tanto qualitativa quanto quantitativa com caráter experimental e analítico. Foi realizada análise in silico das propriedades de metabolismo e toxicidade dos alcaloides empregando a notação SMILES por meio do programa AdmetSAR 2.0. A toxicidade hepática foi avaliada por meio da análise bioquímica da aspartato aminotrasferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT) no soro de camundongos da linhagem C57BL/6, tratados com os alcaloides ou com cloroquina. Resultados: Na análise in silico foi observada a predição de baixo potencial hepatotóxico para os alcaloides 1 e 2, sendo este resultado corroborado pela dosagem de ALT, que apresentou resultados semelhantes ao do grupo controle. O alcaloide 3, no entanto, apresentou dados contrastantes, indicando potencial hepatotóxico na predição in silico, porém, baixo potencial em análise in vivo, com valores de ALT também próximos do grupo controle. Todos os alcaloides em estudo apresentaram potencial para interações medicamentosas. Conclusão: Os alcaloides avaliados nesse estudo apresentaram parâmetros metabólicos e de toxicidade promissores, podendo ser bons adjuvantes à farmacoterapia da malária. Entretanto, esses resultados precisam ser confirmados para seguimento das moléculas nos estudos pré-clínicos.