Julia Diniz Ferreira, Graziela Toledo Costa Mayrink, Kelli Borges dos Santos, Abrahão Elias Hallack Neto
{"title":"Vírus Epstein-Barr associado ao Linfoma de Hodgkin clássico: um estudo de casos","authors":"Julia Diniz Ferreira, Graziela Toledo Costa Mayrink, Kelli Borges dos Santos, Abrahão Elias Hallack Neto","doi":"10.34019/1982-8047.2023.v49.43242","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: A expressão da positividade do vírus Epstein-Barr nas células de Reed-Sternberg/Hodgkin e o impacto dessa relação na sobrevida do Linfoma de Hodgkin clássico (LHc) permanecem controversos. Objetivo: Avaliar a presença de Epstein Baar Vírus (EBV) em pacientes com LHc, associando com características anatomopatológicas e clínicas. Materiais e Métodos: Para determinar a presença de EBV, a partir de um material de biópsia de tecidual foi realizada analise por hibridização para RNA codificado para EBV (EBER) e imuno-histoquímica para proteína de membrana latente viral (LMP-1) de uma amostra de demanda de pacientes com diagnóstico entre janeiro de 2009 e janeiro de 2015. As características clínicas avaliadas foram as que compõem o Escore Prognóstico Internacional para estadiamento avançado e os fatores de risco desfavoráveis instituídos pelo Grupo Alemão de Estudos em Hodgkin para estadiamento limitado. Posteriormente, tais características foram relacionadas com a situação do vírus nas células tumorais. Resultados: Foram avaliadas as lâminas de biópsia de 29 pacientes com diagnóstico de Linfoma de Hodgkin. Em relação as características histológicas, o subtipo histológico de celularidade mista apresentou associação estatística com EBV positivo (p= 0,02). Além disso, a presença de EBV foi mais comum em pacientes com 45 anos ou mais (p= 0,07). Embora sem significância estatística, houve uma tendência de melhor sobrevida livre de eventos (p= 0,07), para os pacientes EBV positivo. Conclusão: O subtipo histológico de celularidade mista, apresentou uma relação estatisticamente significativa com a presença de EBV nas células tumorais, em conformidade com a literatura. São necessários estudo com maior número de casos para que se possa entender melhor a relação entre a presença de EBV e o prognóstico do LHc em nosso meio.","PeriodicalId":34488,"journal":{"name":"HU Revista","volume":"115 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-04-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"HU Revista","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34019/1982-8047.2023.v49.43242","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução: A expressão da positividade do vírus Epstein-Barr nas células de Reed-Sternberg/Hodgkin e o impacto dessa relação na sobrevida do Linfoma de Hodgkin clássico (LHc) permanecem controversos. Objetivo: Avaliar a presença de Epstein Baar Vírus (EBV) em pacientes com LHc, associando com características anatomopatológicas e clínicas. Materiais e Métodos: Para determinar a presença de EBV, a partir de um material de biópsia de tecidual foi realizada analise por hibridização para RNA codificado para EBV (EBER) e imuno-histoquímica para proteína de membrana latente viral (LMP-1) de uma amostra de demanda de pacientes com diagnóstico entre janeiro de 2009 e janeiro de 2015. As características clínicas avaliadas foram as que compõem o Escore Prognóstico Internacional para estadiamento avançado e os fatores de risco desfavoráveis instituídos pelo Grupo Alemão de Estudos em Hodgkin para estadiamento limitado. Posteriormente, tais características foram relacionadas com a situação do vírus nas células tumorais. Resultados: Foram avaliadas as lâminas de biópsia de 29 pacientes com diagnóstico de Linfoma de Hodgkin. Em relação as características histológicas, o subtipo histológico de celularidade mista apresentou associação estatística com EBV positivo (p= 0,02). Além disso, a presença de EBV foi mais comum em pacientes com 45 anos ou mais (p= 0,07). Embora sem significância estatística, houve uma tendência de melhor sobrevida livre de eventos (p= 0,07), para os pacientes EBV positivo. Conclusão: O subtipo histológico de celularidade mista, apresentou uma relação estatisticamente significativa com a presença de EBV nas células tumorais, em conformidade com a literatura. São necessários estudo com maior número de casos para que se possa entender melhor a relação entre a presença de EBV e o prognóstico do LHc em nosso meio.