Lucca Reis Borba, João Martins da Fonseca, Alan Gualberto de Souza de Freitas de Pinho, Ana Teresa Silva Souza Cerqueira, Juliana Farias Araujo, Gabriel Praxedes Freire, Marília Chadud de Pádua Resende, Carlos Frederico Lopes Benevides
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Abstract
Objetivo: Melanoma equivale a menos de 5% dos cânceres de pele, porém é responsável por mais de 90% de sua mortalidade, além de apresentar tendência de aumento da incidência ao nível global. Discrepâncias em composição populacional e acesso ao tratamento são variáveis importantes nos desfechos dos pacientes. Este estudo epidemiológico compara taxas de mortalidade no Brasil e Estados Unidos, de 2010 a 2020. Método: Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo em que dados de mortalidade foram coletados de fontes públicas (SEER program e DATA SUS), comparados entre países e estratificados por etnicidade. Dados de distribuição étnica foram coletados de fontes governamentais (United States Census Bureau e IBGE). Resultados: A taxa de mortalidade por melanoma no Brasil foi significativamente menor do que nos Estados Unidos (0,82 v. 2.38; p<0,0001). O mesmo fenômeno foi identificado na população branca (p<0,0001) e negra (p<0,0005) de forma isolada. Não foi identificada diferença significativa na população indígena (p<0,36). Análise pre- e pós-aprovação para uso do Nivolumab pelo F.D.A apresentou redução significativa na mortalidade nos Estados Unidos (2,67 v. 2.13; p<0,0001). Análise pre- e pós-criação do Dezembro Laranja demonstrou aumento da mortalidade no Brasil (0,76 v. 0.88; p<0,0001). Conclusão: Foi encontrada significativa diferença reportada nas taxas de mortalidade pela neoplasia de pele melanoma entre os países no período de 2010 a 2020. A introdução de imunoterapia foi um marco de mudanças no cenário do tratamento de melanoma nos Estados Unidos. Estudos futuros são necessários para avaliar o impacto da triagem de câncer de pele no Brasil.