Aryadne Bezerra de Araújo, É. Ferreira, A. Fernandes
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Abstract
Um desejo de salvaguardar a crítica literária de seu suposto fim, no presente marcado pela pós-modernidade, deixa ler certo conceito de literatura ancorado pelo apreço à tradição e à “alta cultura”. Ao levar em conta a Desconstrução e sua crítica à hierarquização e à essencialização, este artigo problematiza idealidades da tradição e colabora para desestabilizar determinações ôntico-metafísicas, colocando sob suspeita e em suspensão regimes baseados em essência e comprometidos com “a” verdade. Num movimento desconstrutor, a crítica literária e a literatura, em vez de se ocuparem de conceitos estáticos e sentidos primeiros dos textos, abrem-se a outras cadeias de significação, diferenciais, pondo em devir a palavra final. Longe de se buscar conter a literatura, argumentamos serem o cânone e os embates em torno da crítica literária objetos de tensão, os quais, em nossa leitura, denunciam um poder arcôntico autoritário e reducionista, pari passu a uma literatura em porvir.