{"title":"Entre Deus e o rato: o divino e a experiência mística em \"Perdoando Deus\", de Clarice Lispector","authors":"Douglas Santana Ariston Sacramento","doi":"10.12957/palimpsesto.2024.79095","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Clarice Lispector (1929-1977) publicou diversos gêneros literários, e, entre eles, o conto se destaca como uma produção ampla e de fôlego. O presente artigo almeja analisar um conto da autora intitulado “Perdoando Deus”, o qual retrata o contato da narradora com o divino ao caminhar pelas ruas do Rio de Janeiro e o momento em que sente algo que não sabe nomear. A partir disto, a personagem acaba pisando em uma representação deste Deus que surge na forma de um rato morto. Logo, o artigo se estenderá sobre a temática da experiência mística que percorre todo o conto, trazendo a concepção de “experiência interior”, do filósofo francês Georges Bataille (2016), e, em seguida, analisará qual faceta de Deus (com base na Bíblia) a narradora encontra e que está sendo evocada dentro da narrativa na forma de um rato, animal considerado impuro.","PeriodicalId":503726,"journal":{"name":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","volume":"88 22","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-05-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/palimpsesto.2024.79095","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Clarice Lispector (1929-1977) publicou diversos gêneros literários, e, entre eles, o conto se destaca como uma produção ampla e de fôlego. O presente artigo almeja analisar um conto da autora intitulado “Perdoando Deus”, o qual retrata o contato da narradora com o divino ao caminhar pelas ruas do Rio de Janeiro e o momento em que sente algo que não sabe nomear. A partir disto, a personagem acaba pisando em uma representação deste Deus que surge na forma de um rato morto. Logo, o artigo se estenderá sobre a temática da experiência mística que percorre todo o conto, trazendo a concepção de “experiência interior”, do filósofo francês Georges Bataille (2016), e, em seguida, analisará qual faceta de Deus (com base na Bíblia) a narradora encontra e que está sendo evocada dentro da narrativa na forma de um rato, animal considerado impuro.