{"title":"Análise temporal da prevalência de hipertensão arterial no Brasil entre 2006 e 2023: evidências a partir dos dados do Vigitel","authors":"Arn Migowski, Gustavo Tavares Lameiro da Costa","doi":"10.33634/2764-0736.2024.0027","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das doenças mais prevalentes no Brasil e no mundo, sendo ainda uma das mais importantes comorbidades em outras doenças crônicas e também um dos principais fatores de risco em doenças cardiovasculares. Por isso, o estudo da prevalência da HAS numa população é fundamental para o planejamento, monitoramento e avaliação das ações para sua prevenção e controle. O objetivo do presente artigo é descrever a série histórica de prevalência de hipertensão arterial no Brasil entre 2006 e 2023, tanto para toda a população elegível da pesquisa, quanto de forma estratificada por sexo, faixas etárias, escolaridade, raça/cor, regiões e capitais brasileiras. MATERIAIS E MÉTODOS: As fontes de dados utilizadas foram todas as edições do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). As análises foram realizadas com o auxílio do programa estatístico SAS on demand. RESULTADOS: A prevalência de uso de medicamento para HAS em 2023 foi a maior de toda a série histórica em todas as regiões do país, exceto a região Norte, onde 2023 ficou em segundo lugar, atrás apenas do ano anterior da pesquisa. O penúltimo ano da pesquisa (2021) foi o que teve a segunda maior prevalência estimada da série histórica nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. A prevalência de HAS em 2023 seria ainda maior se considerássemos apenas indivíduos entrevistados por telefone fixo como ocorreu nos anos anteriores da série histórica. A faixa populacional com menor nível de escolaridade apresentou a maior prevalência de HAS ao longo de todo o período analisado. O município do Rio de Janeiro se destaca como o de maior prevalência de HAS dentre todas as capitais do país em 82,4% dos anos da série histórica, inclusive nos últimos oito anos da pesquisa. CONCLUSÕES: A presente análise da série histórica do inquérito Vigitel indica que desde 2021 a prevalência de HAS tem sido maior no geral e em praticamente todos os subgrupos estudados, tendo 2023 como o pior ano da história da pesquisa.","PeriodicalId":510393,"journal":{"name":"OnScience","volume":" 80","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-05-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"OnScience","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.33634/2764-0736.2024.0027","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das doenças mais prevalentes no Brasil e no mundo, sendo ainda uma das mais importantes comorbidades em outras doenças crônicas e também um dos principais fatores de risco em doenças cardiovasculares. Por isso, o estudo da prevalência da HAS numa população é fundamental para o planejamento, monitoramento e avaliação das ações para sua prevenção e controle. O objetivo do presente artigo é descrever a série histórica de prevalência de hipertensão arterial no Brasil entre 2006 e 2023, tanto para toda a população elegível da pesquisa, quanto de forma estratificada por sexo, faixas etárias, escolaridade, raça/cor, regiões e capitais brasileiras. MATERIAIS E MÉTODOS: As fontes de dados utilizadas foram todas as edições do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). As análises foram realizadas com o auxílio do programa estatístico SAS on demand. RESULTADOS: A prevalência de uso de medicamento para HAS em 2023 foi a maior de toda a série histórica em todas as regiões do país, exceto a região Norte, onde 2023 ficou em segundo lugar, atrás apenas do ano anterior da pesquisa. O penúltimo ano da pesquisa (2021) foi o que teve a segunda maior prevalência estimada da série histórica nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. A prevalência de HAS em 2023 seria ainda maior se considerássemos apenas indivíduos entrevistados por telefone fixo como ocorreu nos anos anteriores da série histórica. A faixa populacional com menor nível de escolaridade apresentou a maior prevalência de HAS ao longo de todo o período analisado. O município do Rio de Janeiro se destaca como o de maior prevalência de HAS dentre todas as capitais do país em 82,4% dos anos da série histórica, inclusive nos últimos oito anos da pesquisa. CONCLUSÕES: A presente análise da série histórica do inquérito Vigitel indica que desde 2021 a prevalência de HAS tem sido maior no geral e em praticamente todos os subgrupos estudados, tendo 2023 como o pior ano da história da pesquisa.