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Abstract
A sociedade do conhecimento, era da aprendizagem e não do ensino necessita romper com paradigmas conservadores e instrucionista de educação a partir de metodologias de aprendizagens anticoloniais e decoloniais por meio da interculturalidade e autonomia dos povos e culturas. Assim, esse artigo se propõe a discutir sobre a quebra de paradigmas do sistema educacional brasileiro a partir das metodologias aprendizagem pela pesquisa e currículo pós-feito e aprendizagem com pesquisa implementadas nos cursos de Licenciatura em Geografia e Licenciatura Indígena Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável da Universidade Federal do Amazonas/AM/Brasil. Não queremos que a APP ou ACP se transformem em modelos a serem seguidos pela simples razão que contraria o princípio da autonomia dos estudantes e professores na qual ela foi criada. A ACP, apresenta-se como mais um instrumento de descolonização, na medida que se coloca a prova essa visão colonial de universidade, questionando as tendências já enraizadas no sistema educacional, naturalizadas pelo uso, e que impedem mudanças significativas na formação emancipatória e cidadã do povo brasileiro. É necessária uma mudança de pensamento inicialmente que seja capaz de aceitar as formas próprias de educar de cada sociedade e que possa promover alterações na prática docente nas escolas e universidades. É nesse sentido, que a APP, surge como mais um instrumento pós abissal, decolonial para a construção de uma educação autônoma, intercultural, pautadas na pluralidade epistemológicas das sociedades e de povos, mas que por ora, no Brasil, o caminho a ser percorrido é longo. Tudo que não queremos é “ensinar”, mas colaborar, orientar a sociedade a aprender a aprender na formação de um ser social, um cidadão pensante, crítico conforme nossas epistemologias, cultura e conhecimentos próprios.