{"title":"ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO COMPARATIVO ENTRE AS GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS NOS ANOS DE 2020-2022","authors":"Vanessa Dourado Matos, Guilherme Souza Rocha, Talitha Araújo Velôso Faria","doi":"10.1016/j.bjid.2024.103771","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"<div><h3>Introdução</h3><p>Acidentes com animais peçonhentos no Brasil são responsáveis por gerar agravos à saúde humana, diante do seu alto grau de letalidade. Animais como serpentes, escorpiões, aranhas e alguns tipos de insetos são responsáveis pelo expressivo número de acidentes que podem gerar simples reações locais até reações sistêmicas graves que culminam em óbitos.</p></div><div><h3>Objetivo</h3><p>Analisar as características epidemiológicas dos acidentes com animais peçonhentos, conforme a delimitação temporal (2020-2022).</p></div><div><h3>Metodologia</h3><p>Estudo epidemiológico descritivo do tipo Ecológico, com dados disponibilizados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN/SUS), dos acidentes com animais peçonhentos, no período de 2020-2022. Foram analisadas as variáveis: Tipo De Acidente, Sexo, Faixa Etária, Mês Prevalente e Óbitos Por Agravos Notificados que ocorreram no período entre 2020-2022 nas 5 grandes regiões do Brasil.</p></div><div><h3>Resultados</h3><p>No Brasil entre 2020-2022 foram registrados 791.750 casos de acidentes com animais peçonhentos. A região Sudeste foi a que mais registrou casos (38,66%), seguida da região Nordeste (35,65%), Sul (10,68%), Norte (8,19) e Centro-Oeste (6,79%), sendo mais preponderantes entre os meses de setembro a março. O escorpião se apresenta como o maior causador de acidentes em 3 das 5 regiões, correspondendo a 72,42% dos casos na região Sudeste; 71,47% na região Nordeste e 63,73% na região Centro-Oeste. Contudo, em número de óbitos, as serpentes foram responsáveis por um resultado 2,45% maior em comparação com óbitos causados por escorpião em todo o território nacional, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que registraram 70,55% e 30,97% respectivamente, em relação aos óbitos totais por acidentes com animais peçonhentos. O sexo masculino e a faixa etária entre 20-39 são os mais acometidos por acidentes em todas regiões do país, correspondendo a 55,06% e 31,78% dos casos respectivamente.</p></div><div><h3>Conclusões</h3><p>Conclui-se que no período 2020-2022, observou-se um padrão sazonal dos registros, além disso o escorpião apresenta-se como principal vetor dos acidentes, porém o principal causador de óbito no país são as serpentes. O sexo masculino e a faixa etária adulto-jovem são os mais acometidos. Nota-se, dessa forma, a importância desse entrave na saúde pública brasileira, o que reflete a necessidade do fortalecimento de medidas preventivas.</p></div>","PeriodicalId":56327,"journal":{"name":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":3.0000,"publicationDate":"2024-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867024000540/pdfft?md5=26c1137945be7c6ce39397fa33ef5b28&pid=1-s2.0-S1413867024000540-main.pdf","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Brazilian Journal of Infectious Diseases","FirstCategoryId":"3","ListUrlMain":"https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867024000540","RegionNum":4,"RegionCategory":"医学","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"INFECTIOUS DISEASES","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Introdução
Acidentes com animais peçonhentos no Brasil são responsáveis por gerar agravos à saúde humana, diante do seu alto grau de letalidade. Animais como serpentes, escorpiões, aranhas e alguns tipos de insetos são responsáveis pelo expressivo número de acidentes que podem gerar simples reações locais até reações sistêmicas graves que culminam em óbitos.
Objetivo
Analisar as características epidemiológicas dos acidentes com animais peçonhentos, conforme a delimitação temporal (2020-2022).
Metodologia
Estudo epidemiológico descritivo do tipo Ecológico, com dados disponibilizados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN/SUS), dos acidentes com animais peçonhentos, no período de 2020-2022. Foram analisadas as variáveis: Tipo De Acidente, Sexo, Faixa Etária, Mês Prevalente e Óbitos Por Agravos Notificados que ocorreram no período entre 2020-2022 nas 5 grandes regiões do Brasil.
Resultados
No Brasil entre 2020-2022 foram registrados 791.750 casos de acidentes com animais peçonhentos. A região Sudeste foi a que mais registrou casos (38,66%), seguida da região Nordeste (35,65%), Sul (10,68%), Norte (8,19) e Centro-Oeste (6,79%), sendo mais preponderantes entre os meses de setembro a março. O escorpião se apresenta como o maior causador de acidentes em 3 das 5 regiões, correspondendo a 72,42% dos casos na região Sudeste; 71,47% na região Nordeste e 63,73% na região Centro-Oeste. Contudo, em número de óbitos, as serpentes foram responsáveis por um resultado 2,45% maior em comparação com óbitos causados por escorpião em todo o território nacional, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que registraram 70,55% e 30,97% respectivamente, em relação aos óbitos totais por acidentes com animais peçonhentos. O sexo masculino e a faixa etária entre 20-39 são os mais acometidos por acidentes em todas regiões do país, correspondendo a 55,06% e 31,78% dos casos respectivamente.
Conclusões
Conclui-se que no período 2020-2022, observou-se um padrão sazonal dos registros, além disso o escorpião apresenta-se como principal vetor dos acidentes, porém o principal causador de óbito no país são as serpentes. O sexo masculino e a faixa etária adulto-jovem são os mais acometidos. Nota-se, dessa forma, a importância desse entrave na saúde pública brasileira, o que reflete a necessidade do fortalecimento de medidas preventivas.
期刊介绍:
The Brazilian Journal of Infectious Diseases is the official publication of the Brazilian Society of Infectious Diseases (SBI). It aims to publish relevant articles in the broadest sense on all aspects of microbiology, infectious diseases and immune response to infectious agents.
The BJID is a bimonthly publication and one of the most influential journals in its field in Brazil and Latin America with a high impact factor, since its inception it has garnered a growing share of the publishing market.