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Abstract
Segundo Kongjian Yu, arquiteto chinês, as cidades-esponja têm a capacidade de absorver água da chuva e de permitir que a água siga seu fluxo natural. Com o passar dos anos, iniciou-se a implantação de pavimentos impermeáveis dificultando a penetração da água no solo. Esta utilização é a principal responsável por gerar danos irreversíveis à natureza através das inundações em diversas cidades ao redor do mundo. Com o aumento do índice pluviométrico na cidade do Rio de Janeiro e, como consequência, diversas inundações ao redor do estado, a aplicação desta alternativa mostra-se eficaz em inúmeros quesitos. O objetivo principal é realizar modificações e adaptações em espaços públicos e áreas verdes dispostas na cidade, a fim de reduzir impactos negativos causados pelas chuvas. O objetivo é que ao menos 20% das áreas urbanas estejam adaptadas a fim de absorver cerca de 70% da água pluvial, através da criação e adaptação de parques, lagos e da diminuição do asfalto. Desta maneira, ao invés de coletar águas pluviais e lançá-las direta e rapidamente nos rios, alguns recursos deverão ser implantados, a fim de assegurar espaço e tempo suficientes para que a água seja absorvida pelo solo. Tais medidas favorecem a presença de espaços verdes nos centros urbanos, proporcionando inúmeros benefícios para os moradores da região. Parques alagáveis, telhados verdes, jardins verticais, calçamentos permeáveis e praças-piscina mostram-se eficientes durante o processo de absorção. Com a possível presença de intensos eventos climáticos, as cidades devem estar preparadas e a própria natureza se mostra como solução.