Andrea Gomes Santana de Melo, Cinara Alencar da Silva, Fernanda Beserra Avelino de Miranda, Julianne Viana Freire Portela, Laís Lima de Castro Abreu, José Jenivaldo De Melo Irmão
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Abstract
A insegurança alimentar é caracterizada pela incerteza de possuir ou pela incapacidade de adquirir alimentos em quantidade suficiente para suprir as necessidades nutricionais, devido à falta de recursos financeiros ou outros relacionados à alimentação. Quando associada ao consumo de alimentos altamente calóricos pela população adulta, é um dos principais fatores de risco para casos de sobrepeso e obesidade, acompanhados de diversas complicações à saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes e depressão. O objetivo do estudo foi analisar os hábitos alimentares da população adulta com insegurança alimentar. Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura com abordagem qualitativa, tendo como questão norteadora a partir da estratégia PICO: A insegurança alimentar pode ser um fator de risco para obesidade, potencialmente influenciado pelas mudanças no comportamento alimentar? Para a busca dos artigos foram utilizadas as bases de dados Pubmed, Scielo, Lilacs e Medline, a partir dos seguintes descritores Mesh/Decs: “Food Insegurity”, “Obesity” e “Adult” e o cruzamento através dos boleanos AND e OR entre todos os termos. Foram incluídos estudos de revisão, transversais e de coorte completos e disponíveis na íntegra, nos idiomas inglês, português e espanhol, referentes aos anos de 2013 a 2023. A busca resultou em 964 títulos e a amostra foi composta por 32 artigos. Foi constatado que a insegurança alimentar e nutricional esteve associada a presença de obesidade, principalmente em mulheres e as principais variáveis envolvidas foram as questões socioeconômicas, a elevada ingestão de alimentos densamente calóricos e comportamento alimentar inadequado. A presença da insegurança alimentar e obesidade e a sua associação na população, traz repercussões negativas para a saúde humana e um gatilho para a instalação de outras comorbidades crônicas contribuindo para baixa qualidade de vida e, necessitando de ações efetivas urgentes