Perfil do estudante e qualidade de vida: considerações a partir de uma investigação nos cursos de medicina e enfermagem de duas universidades em Minas Gerais
{"title":"Perfil do estudante e qualidade de vida: considerações a partir de uma investigação nos cursos de medicina e enfermagem de duas universidades em Minas Gerais","authors":"Marcelo Vieira Peres, Bruna Eduarda Ribeiro Costa, Stephanie Oliveira Cardoso de Sá, Marco Túlio Menezes Carvalho Carvalho, Pietra Giovana Cabral Ladeira, Mariana Guedes Lopes Bacelar, Mateus Goulart Alves","doi":"10.11606/issn.1679-9836.v103i3e-223400","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O ingresso na vida acadêmica é acompanhado, muitas vezes, por novas e maiores responsabilidades, atividades e cobranças. Sobretudo em cursos voltados para a área da saúde, como na Medicina e na Enfermagem, a carga horária costuma ser extensa e a pressão por lidar com vidas humanas pode acabar tornando essa fase desafiadora para muitos estudantes. Dessa forma, o resultado, geralmente, é uma mudança no estilo de vida desses indivíduos, que ao se verem com menos tempo, mais estressados e cansados, possuem dificuldade em manter um cotidiano com hábitos saudáveis. O objetivo desse estudo é analisar o perfil demográfico, clínico e psicossocial desse grupo, identificando nuances cruciais para a implementação de cuidado e promoção de uma vida acadêmica mais saudável. Trata-se de um estudo analítico, quantitativo e de corte transversal, desenvolvido em unidades educacionais de ensino superior de uma cidade do interior de Minas Gerais. O público-alvo foram estudantes matriculados nos cursos de Enfermagem e Medicina, que passaram por coleta de dados por instrumento estruturado de caracterização demográfica, clínica, comportamental e psicossocial, validado e autorizado. O estudo obteve uma amostra final de 86 participantes. Dentre eles, 8% possuíam hipertensão arterial, 2% diabetes mellitus e 35% alguma doença mental. Além disso, 48% eram etilistas, 7% tabagistas e 26% sedentários. Por fim, 66% dos participantes relataram ter uma vida estressante e 42% não possuem uma alimentação saudável. Diante do exposto, é possível identificar que a rotina universitária pode afetar negativamente diversos fatores da vida dos estudantes, tanto físicos como mentais. Desse modo, é indiscutível a necessidade de se atentar a esse cenário e buscar estratégias de cuidado e promoção de uma vida acadêmica mais saudável.","PeriodicalId":91041,"journal":{"name":"Revista de medicina","volume":" 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de medicina","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i3e-223400","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O ingresso na vida acadêmica é acompanhado, muitas vezes, por novas e maiores responsabilidades, atividades e cobranças. Sobretudo em cursos voltados para a área da saúde, como na Medicina e na Enfermagem, a carga horária costuma ser extensa e a pressão por lidar com vidas humanas pode acabar tornando essa fase desafiadora para muitos estudantes. Dessa forma, o resultado, geralmente, é uma mudança no estilo de vida desses indivíduos, que ao se verem com menos tempo, mais estressados e cansados, possuem dificuldade em manter um cotidiano com hábitos saudáveis. O objetivo desse estudo é analisar o perfil demográfico, clínico e psicossocial desse grupo, identificando nuances cruciais para a implementação de cuidado e promoção de uma vida acadêmica mais saudável. Trata-se de um estudo analítico, quantitativo e de corte transversal, desenvolvido em unidades educacionais de ensino superior de uma cidade do interior de Minas Gerais. O público-alvo foram estudantes matriculados nos cursos de Enfermagem e Medicina, que passaram por coleta de dados por instrumento estruturado de caracterização demográfica, clínica, comportamental e psicossocial, validado e autorizado. O estudo obteve uma amostra final de 86 participantes. Dentre eles, 8% possuíam hipertensão arterial, 2% diabetes mellitus e 35% alguma doença mental. Além disso, 48% eram etilistas, 7% tabagistas e 26% sedentários. Por fim, 66% dos participantes relataram ter uma vida estressante e 42% não possuem uma alimentação saudável. Diante do exposto, é possível identificar que a rotina universitária pode afetar negativamente diversos fatores da vida dos estudantes, tanto físicos como mentais. Desse modo, é indiscutível a necessidade de se atentar a esse cenário e buscar estratégias de cuidado e promoção de uma vida acadêmica mais saudável.