{"title":"COMENTÁRIO AO ARTIGO DE CHRISTINA VITAL DA CUNHA: “IRMÃOS CONTRA O IMPÉRIO: EVANGÉLICOS DE ESQUERDA NAS ELEIÇÕES 2020 NO BRASIL”","authors":"D. Lehmann","doi":"10.22456/1982-8136.116208","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O comentário retoma dois temas do artigo de Christina Vital: a laicidade e a questão da família. Pergunta-se se as ideias dos candidatos evangélicos de esquerda têm alguma chance de avançar num público que dificilmente entende porque as igrejas deveriam ficar fora das instituições políticas (laicidade). Também aponta a ausência do tema da família no discurso desses candidatos quando não seria difícil imaginar um enfoque de esquerda sobre os problemas de violência e abandono que sofrem as mulheres e seus filhos nas camadas de baixa renda que conformam a base das igrejas. O comentário parte do pressuposto de que a opinião política dominante do público evangélico é conservadora, sobretudo enquanto há questões que tocam a sexualidade e os direitos reprodutivos, mas o autor reconhece que diante de um universo tão grande e diverso como o evangélico se deve questionar a suposição de que existe uma hegemonia absoluta de ideias conservadoras, apesar das evidências encontradas em pesquisas de opinião.","PeriodicalId":30683,"journal":{"name":"Debates do NER","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Debates do NER","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22456/1982-8136.116208","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O comentário retoma dois temas do artigo de Christina Vital: a laicidade e a questão da família. Pergunta-se se as ideias dos candidatos evangélicos de esquerda têm alguma chance de avançar num público que dificilmente entende porque as igrejas deveriam ficar fora das instituições políticas (laicidade). Também aponta a ausência do tema da família no discurso desses candidatos quando não seria difícil imaginar um enfoque de esquerda sobre os problemas de violência e abandono que sofrem as mulheres e seus filhos nas camadas de baixa renda que conformam a base das igrejas. O comentário parte do pressuposto de que a opinião política dominante do público evangélico é conservadora, sobretudo enquanto há questões que tocam a sexualidade e os direitos reprodutivos, mas o autor reconhece que diante de um universo tão grande e diverso como o evangélico se deve questionar a suposição de que existe uma hegemonia absoluta de ideias conservadoras, apesar das evidências encontradas em pesquisas de opinião.