{"title":"Do velho ao novo Nordeste: região, cultura e planejamento de Gilberto Freyre a Franklin de Oliveira","authors":"Ricardo de Souza Rocha","doi":"10.5433/1984-3356.2021v14n28p95","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O artigo propõe um percurso desde o “velho” ao “novo” Nordeste, isto é, de como a região Nordeste passou de centro a periferia. Amparando-se, em parte, na tese da historiadora Maria Odila Leite da Silva Dias sobre a “interiorização da Metrópole”, entende-se o processo de construção do Estado-Nação Brasil como uma (re)colonização do território a partir das metrópoles do Centro-Sul – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte – sobre as demais regiões brasileiras, entendidas como o “interior”. Nesta direção, propõe-se analisar como se constitui a “região-problema” nordestina, bem como as tentativas de superação de suas mazelas, com destaque para a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Paralelamente, será abordada sua transmutação exatamente em um sinônimo, não só de região-problema, como, principalmente, de região explorada, de acordo com a obra de Franklin de Oliveira, enquanto território não apenas geográfico e sim simbólico. O artigo se encerra com uma breve comparação com o caso argentino, posto que no país vizinho a “Questão Regional” também surge como resposta às demandas do “interior”, em meio ao desenvolvimento da ideologia do planejamento.","PeriodicalId":42148,"journal":{"name":"Antiteses","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-02-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Antiteses","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5433/1984-3356.2021v14n28p95","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O artigo propõe um percurso desde o “velho” ao “novo” Nordeste, isto é, de como a região Nordeste passou de centro a periferia. Amparando-se, em parte, na tese da historiadora Maria Odila Leite da Silva Dias sobre a “interiorização da Metrópole”, entende-se o processo de construção do Estado-Nação Brasil como uma (re)colonização do território a partir das metrópoles do Centro-Sul – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte – sobre as demais regiões brasileiras, entendidas como o “interior”. Nesta direção, propõe-se analisar como se constitui a “região-problema” nordestina, bem como as tentativas de superação de suas mazelas, com destaque para a criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Paralelamente, será abordada sua transmutação exatamente em um sinônimo, não só de região-problema, como, principalmente, de região explorada, de acordo com a obra de Franklin de Oliveira, enquanto território não apenas geográfico e sim simbólico. O artigo se encerra com uma breve comparação com o caso argentino, posto que no país vizinho a “Questão Regional” também surge como resposta às demandas do “interior”, em meio ao desenvolvimento da ideologia do planejamento.