{"title":"A lógica da obliteração como repertório: o embranquecimento reencenado ao longo da memória arquival de Aquarius","authors":"Pollyane Belo","doi":"10.22409/contracampo.v41i3.52842","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A versão jovem de Clara, personagem do longa-metragem Aquarius, é interpretada por Bárbara Colen (uma mulher autodeclarada negra) e, quando mais velha, é vivida por Sônia Braga (uma mulher autodeclarada branca). Este artigo pretende pensar os elementos estéticos, afetivos e narrativos que mediam a branquitude e a negritude quando conveniente, e com isso, obliteram traços racializados não-brancos de uma corpo-subjetividade negra. Para tal, as cenas do filme foram justapostas à arquivos extra-fílmicos que trazem imagens das duas atrizes. Assim, propõe-se com o caso de Clara vislumbrar parte do projeto de embranquecimento brasileiro como uma memória incorporada que deságua nos responsáveis pela pré-produção, desenvolvimento cinematográfico e produções midiáticas parabólicas do filme. ","PeriodicalId":53281,"journal":{"name":"Revista Contracampo","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Contracampo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22409/contracampo.v41i3.52842","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A versão jovem de Clara, personagem do longa-metragem Aquarius, é interpretada por Bárbara Colen (uma mulher autodeclarada negra) e, quando mais velha, é vivida por Sônia Braga (uma mulher autodeclarada branca). Este artigo pretende pensar os elementos estéticos, afetivos e narrativos que mediam a branquitude e a negritude quando conveniente, e com isso, obliteram traços racializados não-brancos de uma corpo-subjetividade negra. Para tal, as cenas do filme foram justapostas à arquivos extra-fílmicos que trazem imagens das duas atrizes. Assim, propõe-se com o caso de Clara vislumbrar parte do projeto de embranquecimento brasileiro como uma memória incorporada que deságua nos responsáveis pela pré-produção, desenvolvimento cinematográfico e produções midiáticas parabólicas do filme.