Carlos César Borges Nunes de Souza, Norma da Silva Lopes
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Abstract
A variação estilística recebe um tratamento teórico e metodológico diferente nas três ondas da sociolinguística (ECKERT, 2012), implicando descrições diversificadas do fenômeno variável. Na Sociolinguística Variacionista, ou de primeira onda, a variação estilística é vista como o resultado da pertença do falante a categorias macrossociais, como classe, e ao monitoramento da fala em certos contextos estilísticos. Nessa perspectiva, o falante é visto como um agente passivo na construção de seu comportamento estilístico. O foco em redes sociais e categorias locais, assim como em uma metodologia etnográfica de coleta e análise de dados, resultou na descrição da variação estilística como reflexo da inserção do indivíduo em redes sociais e do valor dado ao vernáculo em tais redes. Estudos da variação estilística em redes sociais enquadram-se na Sociolinguística Etnográfica, também denominada de segunda onda. A busca pelo significado social da variação estilística, o estudo dos falantes em suas relações microssociais, como aquelas que podem ser percebidas em comunidades de prática e modulação de persona, são características do estudo da variação estilística da Sociolinguística Estilística, ou de terceira onda. No presente artigo, apresentamos o estudo da variação estilística nas três ondas da sociolinguística, focando no estilo na Sociolinguística Estilística.