Ary Albuquerque Cavalcanti Junior, Gilneide De Oliveira Padre Lima
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Abstract
O presente artigo é resultado das pesquisas desenvolvidas por seus autores acerca das militantes baianas Dinaelza Coqueiro e Dinalva Oliveira, a quem denominamos “Dinas do Araguaia”. Nele buscamos, ainda que brevemente, apresentar as diferentes trajetórias de cada uma delas, perpassando por suas infâncias, seus processos de inserção na militância política e a ida para a luta armada no episódio conhecido como guerrilha do Araguaia. Verificamos que, como na sociedade de modo geral, o lugar da mulher guerrilheira não é uniforme, tampouco linear na Guerrilha do Araguaia; mas também apresenta as contradições próprias da realidade concreta, naquele momento histórico. Constatamos que houve um grande esforço das mulheres guerrilheiras para se firmarem em condições de igualdade com os homens. As “Dinas do Araguaia se mostraram mulheres à frente do seu tempo: corajosas, idealistas e destemidas. Com a forte repressão que se abateu sobre a guerrilha, as Dinas do Araguaia foram presas, torturadas e mortas pelo Estado brasileiro. Seus corpos permanecem insepultos. A sua militância, como de outras mulheres que enfrentaram a ditadura, precisa ser lembrada, jamais esquecida, para que nunca mais aconteça aquele regime de terror e violência no nosso país.
这篇文章是作者对巴伊亚武装分子Dinaelza Coqueiro和Dinalva Oliveira进行研究的结果,我们称他们为“Dinas do Araguaia”。在这本书中,我们试图,尽管简短地,呈现他们每个人的不同轨迹,经历他们的童年,他们在政治斗争中的插入过程,以及在被称为游击队的阿拉瓜亚事件中的武装斗争。我们发现,与整个社会一样,游击队妇女在阿瓜伊游击队的地位既不统一,也不线性;同时也呈现出具体现实的矛盾,在那个历史时刻。我们注意到,游击队妇女为建立与男子平等的地位作出了巨大努力。这个“事实证明,阿瓜亚迪纳斯是走在时代前列的女性:勇敢、理想主义和无畏。随着游击队的强烈镇压,阿瓜伊迪纳斯被巴西国家逮捕、折磨和杀害。她们的身体仍然不安全。她们的战斗力,就像其他面临独裁统治的女性一样,需要被记住,永远不会忘记,这样她们才能永远不会忘记。”。我们国家的恐怖和暴力政权发生得更多。