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Abstract
Inflexoes epistemologicas importantes tem emergido em contextos academicos perifericos e semiperifericos de producao de saberes, tensionando nocoes ja consolidadas nas Ciencias Sociais de “modernidade” e “razao cientifica”. Esses deslocamentos afetaram a Teoria Social, primeiro, no universo indiano e anglo-saxao e, em um segundo momento, na America Latina, quando se passou a problematizar de forma mais aguda o lado atroz da modernidade, a partir de uma releitura de realidades que experimentaram colonizacao, escravismo, etnocidio, sexismo e racismo. Este artigo compoe uma revisao analitica e panorâmica da maneira como parte da Teoria Social Contemporânea tem buscado desconstruir a ideia de uma “experiencia moderna” monotopica e universal, e de como essa desconstrucao tem alargado cada vez mais nossos horizontes de entendimento sobre subalternidades e colonialidades. O objetivo e expor criticas a respeito da producao, difusao e consumo de “grandes narrativas”, articulando tais propostas com abordagens recentes que propoem o reexame de cânones firmados na Sociologia e indicando novas epistemologias a partir de outros locais de enunciacao, fala e atuacao.