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Abstract
Nas últimas décadas a sociologia da religião viu questionado o paradigma da secularização. A persistência de movimentos sociais religiosamente orientados ao redor do mundo, inclusive na Europa, pareciam apontar para obsolescência de programas de pesquisa que se baseavam em alguma das versões da teoria da secularização. Assim, pesquisadores estadunidenses ensaiaram, desde o início da década de 1980, um salto para fora não só do paradigma da secularização, mas da teoria sociológica. Por exemplo, Rodney Stark e William Bainbridge visavam justamente superar o velho paradigma, substituindo-o por um novo, calcado nas teorias econômica e da escolha racional. Este artigo reflete sobre os limites das concepções da teoria da escolha racional da religião, recuperando proposições fundamentais da sociologia econômica, especialmente, de Mark Granovetter. Argumenta-se que os pressupostos da sociologia econômica podem contribuir de forma consistente para as questões que giram em torno da escolha e do mercado religioso, sem, no entanto, negar a tradição sociológica.