O encontro com a gramática do sânscrito: fatores predisponentes e emergentes

IF 0.1 0 LANGUAGE & LINGUISTICS Revista Letras Pub Date : 2021-12-23 DOI:10.5380/rel.v104i1.84141
Francivaldo Lourenço
{"title":"O encontro com a gramática do sânscrito: fatores predisponentes e emergentes","authors":"Francivaldo Lourenço","doi":"10.5380/rel.v104i1.84141","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Camara Jr. (1986, p. 34) afirma que, em matéria de linguagem, o que os gregos e os romanos disseram passou por um crivo crítico em face do que sugeria a leitura do sânscrito. Malberg (1974, p. 25) afirma que foi somente pela comparação do sânscrito que a teoria sobre o parentesco e a unidade de origem das línguas indo-europeias recebeu bases sólidas e foi, enfim, considerada definitivamente estabelecida. Pouca atenção foi dada aos documentos deste processo histórico, ou seja, às primeiras gramáticas europeias do sânscrito, bem como às redes de pesquisadores a elas associadas, o que justifica nossa incursão nesses textos na consideração do horizonte de retrospecção da Linguística do século XIX. Apoiamo-nos no externalismo de Sylvain Auroux, entendido como uma filosofia que defende o caráter originalmente artificial e externo da inteligência humana, sobretudo em sua proposta de que o conhecimento é um processo ao mesmo tempo material, social e coletivo, nunca limitado, encerrado, preservado ou produzido por competências individuais que dizem respeito apenas a momentos e fragmentos (AUROUX, 1998). Para conhecer, o indivíduo precisa ter acesso à maquinaria da inteligência; em ciências da linguagem temos, assim, as gramáticas e dicionários. Entendemos igualmente que a História das Ciências é parte da epistemologia, sua parte descritiva, por oposição a sua parte normativa (AUROUX, 1986). Adotamos a perspectiva da História das Ideias Linguísticas (COLOMBAT, FOURNIER, PUECH, 2017; LEITE, 2019) para analisar a representação da linguística hindu em alguns dos primeiros tratamentos do sânscrito por estudiosos europeus. ","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2021-12-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Letras","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5380/rel.v104i1.84141","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

Abstract

Camara Jr. (1986, p. 34) afirma que, em matéria de linguagem, o que os gregos e os romanos disseram passou por um crivo crítico em face do que sugeria a leitura do sânscrito. Malberg (1974, p. 25) afirma que foi somente pela comparação do sânscrito que a teoria sobre o parentesco e a unidade de origem das línguas indo-europeias recebeu bases sólidas e foi, enfim, considerada definitivamente estabelecida. Pouca atenção foi dada aos documentos deste processo histórico, ou seja, às primeiras gramáticas europeias do sânscrito, bem como às redes de pesquisadores a elas associadas, o que justifica nossa incursão nesses textos na consideração do horizonte de retrospecção da Linguística do século XIX. Apoiamo-nos no externalismo de Sylvain Auroux, entendido como uma filosofia que defende o caráter originalmente artificial e externo da inteligência humana, sobretudo em sua proposta de que o conhecimento é um processo ao mesmo tempo material, social e coletivo, nunca limitado, encerrado, preservado ou produzido por competências individuais que dizem respeito apenas a momentos e fragmentos (AUROUX, 1998). Para conhecer, o indivíduo precisa ter acesso à maquinaria da inteligência; em ciências da linguagem temos, assim, as gramáticas e dicionários. Entendemos igualmente que a História das Ciências é parte da epistemologia, sua parte descritiva, por oposição a sua parte normativa (AUROUX, 1986). Adotamos a perspectiva da História das Ideias Linguísticas (COLOMBAT, FOURNIER, PUECH, 2017; LEITE, 2019) para analisar a representação da linguística hindu em alguns dos primeiros tratamentos do sânscrito por estudiosos europeus. 
查看原文
分享 分享
微信好友 朋友圈 QQ好友 复制链接
本刊更多论文
与梵语语法的相遇:诱发因素和新兴因素
小卡马拉(1986,第34页)指出,在语言方面,希腊人和罗马人所说的话与梵语的阅读相比,经过了批判性的筛选。Malberg (1974, p. 25)指出,只有通过梵语的比较,印欧语言的亲属关系和起源统一理论才有了坚实的基础,并最终被认为是明确确立的。很少关注这一历史过程的文献,即第一批欧洲梵语语法,以及与之相关的研究人员网络,这证明了我们在考虑19世纪语言学的回顾视野时对这些文本的入侵是合理的。支持我们的externalismo布鲁瓦Auroux视为哲学的坚的性格原本人工和外部,尤其是在人类智慧的知识是一个提议,同时材料的过程,社会和集体有限,从不关闭,保留或由有关的个人技能和碎片(Auroux很快,1998)。要知道,个人需要接触到智能机器;在语言科学中,我们有语法和字典。我们也理解科学史是认识论的一部分,它的描述性部分,而不是它的规范性部分(AUROUX, 1986)。我们采用了语言思想史的视角(COLOMBAT, FOURNIER, PUECH, 2017;LEITE, 2019),分析印度语言在欧洲学者早期梵语处理中的表现。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
求助全文
约1分钟内获得全文 去求助
来源期刊
Revista Letras
Revista Letras LANGUAGE & LINGUISTICS-
自引率
0.00%
发文量
0
期刊最新文献
Arrumar a forma? Meditações sobre a fúria - Maria-Mercê Marçal Versos sobre a cidade e versos sobre a natureza: manifestações do feminino na obra de Elena Guro Musa, Natura, Aventura: a vida e as vidas de Patrícia Galvão Voz e razão do corpo doente na poesia de Maria-Mercè Marçal
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
现在去查看 取消
×
提示
确定
0
微信
客服QQ
Book学术公众号 扫码关注我们
反馈
×
意见反馈
请填写您的意见或建议
请填写您的手机或邮箱
已复制链接
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
×
扫码分享
扫码分享
Book学术官方微信
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:481959085
Book学术
文献互助 智能选刊 最新文献 互助须知 联系我们:info@booksci.cn
Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。
Copyright © 2023 Book学术 All rights reserved.
ghs 京公网安备 11010802042870号 京ICP备2023020795号-1