Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.77606
Maura Voltarelli Roque
Este artigo tem como objetivo aproximar a figura de Diadorim daquela da Ninfa, tal como pensada pelo historiador da arte alemão Aby Warburg. Mais especificamente, a partir do trágico enlace de desejo, violência e morte, aproximamos Diadorim daquela que Georges Didi-Huberman chamou em recente estudo a Ninfa dolorosa, pensando nas imagens de lamento e imprecação, de dor e revolta, e mesmo na justa vingança que, ao lado da memória, move a constelação de imagens que tece a narração de Riobaldo. A partir dessa aproximação que existe como dobra de uma figura na outra, buscamos pensar o Grande Sertão: Veredas como um livro nínfico, ou seja, um livro cuja natureza (demoníaca) é de Ninfa, e a configuração na obra daquilo que chamamos uma “poética da imagem” que não conhece fim ou início, apenas o fluxo infinito da travessia.
{"title":"Ninfa em transe: fúria, vingança e morte de Diadorim","authors":"Maura Voltarelli Roque","doi":"10.5380/rel.v106i1.77606","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.77606","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo aproximar a figura de Diadorim daquela da Ninfa, tal como pensada pelo historiador da arte alemão Aby Warburg. Mais especificamente, a partir do trágico enlace de desejo, violência e morte, aproximamos Diadorim daquela que Georges Didi-Huberman chamou em recente estudo a Ninfa dolorosa, pensando nas imagens de lamento e imprecação, de dor e revolta, e mesmo na justa vingança que, ao lado da memória, move a constelação de imagens que tece a narração de Riobaldo. A partir dessa aproximação que existe como dobra de uma figura na outra, buscamos pensar o Grande Sertão: Veredas como um livro nínfico, ou seja, um livro cuja natureza (demoníaca) é de Ninfa, e a configuração na obra daquilo que chamamos uma “poética da imagem” que não conhece fim ou início, apenas o fluxo infinito da travessia.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49355280","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.90432
Meritxell Hernando Marsal
Os últimos poemas de Maria-Mercè Marçal (1952-1998) publicados no livro Raó del cos têm uma relação estreita com o corpo, escrito e rasgado pela doença, que sente e expressa sua proximidade com a morte, em uma tentativa de simbolizar esse espaço limite em conexão com a experiência das mulheres. A poeta ressignifica o não-lugar da doença (sentido como exílio), se aproxima mais da mãe e estreita seus laços com outras poetas, como Maria Antònia Salvà e Anna Akhmátova. Em um momento em que a doença parece banalizada no espaço político brasileiro, essa voz do corpo se faz necessária, mostrando-se em toda sua fragilidade e coragem, não como vítima, mas como razão (glosa e sentido) da vida.
Maria MercèMarçal(1952-1998)在《Raódel cos》一书中发表的最后几首诗与身体有着密切的关系,这些诗是由疾病书写和撕裂的,它感受并表达了与死亡的亲密关系,试图将这种边界空间与女性的经历联系起来。这位诗人重新定义了非疾病之地(感觉像是流亡),与母亲更亲近,并缩小了与其他诗人的联系,如玛丽亚·安托尼亚·萨尔瓦和安娜·阿克玛托娃。当这种疾病在巴西政治空间中似乎被轻视时,这种身体的声音变得必要起来,表现出它的脆弱和勇气,不是作为受害者,而是作为生命的理由(光泽和意义)。
{"title":"Voz e razão do corpo doente na poesia de Maria-Mercè Marçal","authors":"Meritxell Hernando Marsal","doi":"10.5380/rel.v106i1.90432","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.90432","url":null,"abstract":"Os últimos poemas de Maria-Mercè Marçal (1952-1998) publicados no livro Raó del cos têm uma relação estreita com o corpo, escrito e rasgado pela doença, que sente e expressa sua proximidade com a morte, em uma tentativa de simbolizar esse espaço limite em conexão com a experiência das mulheres. A poeta ressignifica o não-lugar da doença (sentido como exílio), se aproxima mais da mãe e estreita seus laços com outras poetas, como Maria Antònia Salvà e Anna Akhmátova. Em um momento em que a doença parece banalizada no espaço político brasileiro, essa voz do corpo se faz necessária, mostrando-se em toda sua fragilidade e coragem, não como vítima, mas como razão (glosa e sentido) da vida.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45629312","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.90426
B. Barboza
Este texto consiste em uma tradução para o português do texto “Meditacions sobre la fúria” da poeta e ensaísta catalã Maria-Mercè Marçal (1952-1998). Com isso pretende-se difundir a obra dessa importante pensadora feminista na comunidade lusófona.
该文本由加泰罗尼亚诗人和散文家Maria MercèMarçal(1952-1998)对文本“Meditacions sobre la fúria”的葡萄牙语翻译而成。借此,我们打算在葡语社区传播这位重要的女权主义思想家的作品。
{"title":"Meditações sobre a fúria - Maria-Mercê Marçal","authors":"B. Barboza","doi":"10.5380/rel.v106i1.90426","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.90426","url":null,"abstract":"Este texto consiste em uma tradução para o português do texto “Meditacions sobre la fúria” da poeta e ensaísta catalã Maria-Mercè Marçal (1952-1998). Com isso pretende-se difundir a obra dessa importante pensadora feminista na comunidade lusófona.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42639614","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.90434
Denise Regina de Sales
Este artigo apresenta a tradução de um dos trabalhos de crítica literária de Sofia Parnók publicado na revista Siévernyi Zapiski em 1916. Parnók resenha a coletânea de versos intitulada Kamien, de Óssip Mandelstam. Assim como a sua poesia, as resenhas são precisas, aguçadas e vibrantes. Ao analisar o livro de versos de Mandelstam, ela se posiciona em relação ao passado, presente e futuro do autor, distinguindo três etapas em seu percurso criativo. A tradução tem o objetivo de ajudar a divulgar a obra dessa autora tão essencial para a compreensão das duas primeiras décadas da poesia russa no século XX.
{"title":"Entre poetas: Sofia Parnók e Ossip Mandelstam","authors":"Denise Regina de Sales","doi":"10.5380/rel.v106i1.90434","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.90434","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta a tradução de um dos trabalhos de crítica literária de Sofia Parnók publicado na revista Siévernyi Zapiski em 1916. Parnók resenha a coletânea de versos intitulada Kamien, de Óssip Mandelstam. Assim como a sua poesia, as resenhas são precisas, aguçadas e vibrantes. Ao analisar o livro de versos de Mandelstam, ela se posiciona em relação ao passado, presente e futuro do autor, distinguindo três etapas em seu percurso criativo. A tradução tem o objetivo de ajudar a divulgar a obra dessa autora tão essencial para a compreensão das duas primeiras décadas da poesia russa no século XX.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48299071","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.90454
Tiago Guilherme Pinheiro
Este artigo visa analisar como Patrícia Galvão (1910-1962), em textos assinados com diferentes nomes, estabelece uma relação entre os topoi literários estudados por E. R. Curtius, a colonização da América e figuras femininas como as Musas, Fortuna e Natura. Em contraposição ao regime óptico constituído nessa tripla articulação, a autora mobiliza as noções de “aventura” e “retórica transformada” como norteadores de uma arte moderna emancipatória. Na busca pela elucidação desses conceitos, propõe-se uma leitura do Álbum de Pagu (1929), no qual se vislumbra polos de tensão que percorrem as diversas encarnações da escritora e militante.
本文旨在分析patricia galvao(1910-1962)如何在不同名称的文本中,建立e . R. Curtius所研究的文学topoi、美洲的殖民与缪斯、福尔图纳和Natura等女性人物之间的关系。与这种三重表达所构成的光学制度相反,作者调动了“冒险”和“转化的修辞”的概念作为现代解放艺术的指导。为了阐明这些概念,我们建议阅读帕古的专辑(1929),在其中我们瞥见了贯穿作家和激进分子不同化身的紧张极点。
{"title":"Musa, Natura, Aventura: a vida e as vidas de Patrícia Galvão","authors":"Tiago Guilherme Pinheiro","doi":"10.5380/rel.v106i1.90454","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.90454","url":null,"abstract":"Este artigo visa analisar como Patrícia Galvão (1910-1962), em textos assinados com diferentes nomes, estabelece uma relação entre os topoi literários estudados por E. R. Curtius, a colonização da América e figuras femininas como as Musas, Fortuna e Natura. Em contraposição ao regime óptico constituído nessa tripla articulação, a autora mobiliza as noções de “aventura” e “retórica transformada” como norteadores de uma arte moderna emancipatória. Na busca pela elucidação desses conceitos, propõe-se uma leitura do Álbum de Pagu (1929), no qual se vislumbra polos de tensão que percorrem as diversas encarnações da escritora e militante. ","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43398019","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.77387
Maurício Fernando Pitta
O que seria do mito de Orfeu se ele fosse contado do ponto de vista da outra do mito, o espectro de Eurídice? Partindo do poema “Eurídice – para Orfeu”, da poeta russa Marina Tsvetáeva, e passando por autores como Le Guin, Ludueña Romandini, Kopenawa, Haraway e Viveiros de Castro, este ensaio, mais do que discutir o contexto ou as motivações da poeta, pretende abordar a torção perspectivista que a imagem espectral de seu poema proporciona sobre o mito de Orfeu e, consequentemente, sobre seu herói: o que ocorre com o eu-lírico quando o “objeto” se rebela contra o sujeito, quando a imagem ganha voz e o espectro perde sua fantasmagoria?
{"title":"O espectro de Eurídice: uma torção especulativa do mito órfico","authors":"Maurício Fernando Pitta","doi":"10.5380/rel.v106i1.77387","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.77387","url":null,"abstract":"O que seria do mito de Orfeu se ele fosse contado do ponto de vista da outra do mito, o espectro de Eurídice? Partindo do poema “Eurídice – para Orfeu”, da poeta russa Marina Tsvetáeva, e passando por autores como Le Guin, Ludueña Romandini, Kopenawa, Haraway e Viveiros de Castro, este ensaio, mais do que discutir o contexto ou as motivações da poeta, pretende abordar a torção perspectivista que a imagem espectral de seu poema proporciona sobre o mito de Orfeu e, consequentemente, sobre seu herói: o que ocorre com o eu-lírico quando o “objeto” se rebela contra o sujeito, quando a imagem ganha voz e o espectro perde sua fantasmagoria?","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47769594","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.90435
V. Stigger
Como Cristo pelas estações da Via Crúcis, a que a paixão do título A paixão segundo G.H. faz referência, a protagonista de Clarice Lispector se desloca por vários aposentos de seu apartamento até chegar ao quarto da empregada, onde para. Seu percurso se interrompe diante da falta do que arrumar no ambiente limpo, iluminado e organizado de Janair. Se “arrumar é achar a melhor forma”, quase como “desgasta[ndo] pacientemente a matéria até gradativamente encontrar sua escultura imanente”, que forma ela pode extrair do que vê como um “vazio seco”?
{"title":"Arrumar a forma?","authors":"V. Stigger","doi":"10.5380/rel.v106i1.90435","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.90435","url":null,"abstract":"Como Cristo pelas estações da Via Crúcis, a que a paixão do título A paixão segundo G.H. faz referência, a protagonista de Clarice Lispector se desloca por vários aposentos de seu apartamento até chegar ao quarto da empregada, onde para. Seu percurso se interrompe diante da falta do que arrumar no ambiente limpo, iluminado e organizado de Janair. Se “arrumar é achar a melhor forma”, quase como “desgasta[ndo] pacientemente a matéria até gradativamente encontrar sua escultura imanente”, que forma ela pode extrair do que vê como um “vazio seco”?","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41324896","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.90433
Patricia Peterle
Maria Grazia Calandrone (Milão 1964), jornalista, escritora, dramaturga, artista visusal, é uma das poetas mais importantes de sua geração. Em alguns poemas de Serie fossile (Crocetti, 2015), um cancioneiro amoroso, Calandrone traz o tempo, a vivência do tempo para o primeiro plano. Nessa operação, a experiência amorosa (e seu relato), que também é política como se lê na epígrafe que abre Giardino della gioia (2019), é fundamental, uma vez que dela fazem parte a presença do outro, a comunhão com o outro, a relação necessária e vital com a natureza e os animais. Os versos, numa língua magmática, tratam do inefável, de corpos humanos e não, sensações e percepções que expõe a ancestralidade presente desde o título do livro (fóssil).
Maria Grazia Calandrone(米兰,1964),记者、作家、剧作家、视觉艺术家,是她那一代最重要的诗人之一。在《化石系列》(Crocetti, 2015)的一些诗歌中,Calandrone把时间,时间的体验带到前景。可爱的那次行动,经验(报告),也就是政治读在标题怎么打开Giardino黛拉吉奥亚(2019年),是至关重要的,因为她的存在,一部分与另一个必要的、重要的关系与自然和动物。这些诗句,用岩浆语言,处理了不可言喻的,人类的身体,而不是,感觉和感知,暴露了现在的祖先,从书的标题(化石)。
{"title":"A magmática poesia de Maria Grazia Calandrone","authors":"Patricia Peterle","doi":"10.5380/rel.v106i1.90433","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.90433","url":null,"abstract":"Maria Grazia Calandrone (Milão 1964), jornalista, escritora, dramaturga, artista visusal, é uma das poetas mais importantes de sua geração. Em alguns poemas de Serie fossile (Crocetti, 2015), um cancioneiro amoroso, Calandrone traz o tempo, a vivência do tempo para o primeiro plano. Nessa operação, a experiência amorosa (e seu relato), que também é política como se lê na epígrafe que abre Giardino della gioia (2019), é fundamental, uma vez que dela fazem parte a presença do outro, a comunhão com o outro, a relação necessária e vital com a natureza e os animais. Os versos, numa língua magmática, tratam do inefável, de corpos humanos e não, sensações e percepções que expõe a ancestralidade presente desde o título do livro (fóssil).","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46282028","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.78125
Luciano Ramos Mendes
Tradução de um poema de Irena Klepfisz do inglês para o português, com breve comentário.
将Irena Klepfisz的一首诗从英语翻译成葡萄牙语,并附上简短的评论。
{"title":"Bashert: um poema de Irena Klepfisz","authors":"Luciano Ramos Mendes","doi":"10.5380/rel.v106i1.78125","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.78125","url":null,"abstract":"Tradução de um poema de Irena Klepfisz do inglês para o português, com breve comentário.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48989151","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-31DOI: 10.5380/rel.v106i1.78149
A. Guida, B. Franco
Pretendemos, a partir da leitura de Antígona González, obra dramática da poetisa mexicana Sara Uribe, discutir a potência de resistência de corpos femininos, corpos que se encontram em estado de esgotamento e é justamente a partir desse corpo que não aguenta mais é que se produz a potência da fúria do corpo poético da personagem Antígona González, bem como de outros corpos literários ou não. Assim, nossa leitura será conduzida, prioritariamente, pela ideia de corpo esgotado defendida pelo filósofo David Lapoujade.
{"title":"A fúria poética de Antígona González: o que pode um corpo esgotado?","authors":"A. Guida, B. Franco","doi":"10.5380/rel.v106i1.78149","DOIUrl":"https://doi.org/10.5380/rel.v106i1.78149","url":null,"abstract":"Pretendemos, a partir da leitura de Antígona González, obra dramática da poetisa mexicana Sara Uribe, discutir a potência de resistência de corpos femininos, corpos que se encontram em estado de esgotamento e é justamente a partir desse corpo que não aguenta mais é que se produz a potência da fúria do corpo poético da personagem Antígona González, bem como de outros corpos literários ou não. Assim, nossa leitura será conduzida, prioritariamente, pela ideia de corpo esgotado defendida pelo filósofo David Lapoujade.","PeriodicalId":42461,"journal":{"name":"Revista Letras","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-03-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47391412","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}