{"title":"E BRASILIA, O QUE É? DIGA LÁ, MEU IRMÃO Concepções sobre os limites territoriais da capital do Brasil","authors":"Julia Rosa Goncalves, M. L. Peluso","doi":"10.5216/bgg.v43i01.70655","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A cidade de Brasília está carregada de sentidos simbólicos. Sede dos Poderes da República, cidade ainda jovem e marcada pela migração, a Capital Federal oferece a seus moradores um complexo contexto para formação identitária, sempre tensionada entre disputas de significados. A compreensão da base territorial da cidade também é cercada de controvérsias. Diferentemente de uma cidade tradicional, Brasília é composta por manchas urbanas descontínuas. Constituem-na desde grandes unidades urbanas – as cidades-satélites e seu núcleo central, o Plano Piloto – até vários condomínios urbanos horizontais progressivamente instalados no interregno rural existente na Capital desde sua fundação. Propõe-se, aqui, apresentar as diferentes concepções sobre os significados (territoriais) de Brasília que se assentam, sobretudo, em dois polos. De um lado, há quem defenda um entendimento territorial mais restrito, com limites reduzidos ao plano inicial para a cidade e, de outro, há quem compreenda que a Capital possui delimitações mais abrangentes, ampliando o “ser Brasília” para próximo da conformação territorial do Distrito Federal. São, por fim, duas concepções fundamentadas em perspectivas político-urbanas em colisão: enquanto a primeira está associada a compreensões mais conservadoras sobre a cidade, a segunda fundamenta-se no reconhecimento da mutável e fluida dinâmica da vida urbana.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Boletin Goiano de Geografia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.70655","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOGRAPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A cidade de Brasília está carregada de sentidos simbólicos. Sede dos Poderes da República, cidade ainda jovem e marcada pela migração, a Capital Federal oferece a seus moradores um complexo contexto para formação identitária, sempre tensionada entre disputas de significados. A compreensão da base territorial da cidade também é cercada de controvérsias. Diferentemente de uma cidade tradicional, Brasília é composta por manchas urbanas descontínuas. Constituem-na desde grandes unidades urbanas – as cidades-satélites e seu núcleo central, o Plano Piloto – até vários condomínios urbanos horizontais progressivamente instalados no interregno rural existente na Capital desde sua fundação. Propõe-se, aqui, apresentar as diferentes concepções sobre os significados (territoriais) de Brasília que se assentam, sobretudo, em dois polos. De um lado, há quem defenda um entendimento territorial mais restrito, com limites reduzidos ao plano inicial para a cidade e, de outro, há quem compreenda que a Capital possui delimitações mais abrangentes, ampliando o “ser Brasília” para próximo da conformação territorial do Distrito Federal. São, por fim, duas concepções fundamentadas em perspectivas político-urbanas em colisão: enquanto a primeira está associada a compreensões mais conservadoras sobre a cidade, a segunda fundamenta-se no reconhecimento da mutável e fluida dinâmica da vida urbana.