Pub Date : 2023-11-02DOI: 10.5216/bgg.v43i01.73011
Rogata Soares Del Gaudio, Manoel Fernandes Sousa Neto
Os Livros Didáticos constituem um material constante nas salas de aula. Como fonte de pesquisas sobre a história das disciplinas escolares, alçaram maior destaque em escala mundial a partir da década de 1980. São materiais que se agregam à cultura escolar e se remetem tanto aos processos de escolarização, quanto àqueles de educação. Refletir a respeito dos livros didáticos como fontes de pesquisa em História da Geografia Escolar implica sair de uma concepção destes como mero depositário de “discursos”, para aquela de construtor de discursos e visões sociais de mundo por exemplo, concernete ao Brasil e aos processos de (re)produção de seus territórios. A discussão acerca dos livros didáticos então, utiliza exemplos das obras didáticas publicadas no Estado Novo (1930-1945), momento de estruturação do sistema nacional de ensino e de institucionalização da Geografia, no Brasil. Ao utilizar os LD´s como fonte de pesquisa propomos que estes sejam articulados a processos mais amplos, às legislações educacionais e às culturas escolares.
{"title":"LIVROS DIDÁTICOS COMO FONTES PARA PESQUISAS EM HISTÓRIA DA GEOGRAFIA ESCOLAR","authors":"Rogata Soares Del Gaudio, Manoel Fernandes Sousa Neto","doi":"10.5216/bgg.v43i01.73011","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.73011","url":null,"abstract":"Os Livros Didáticos constituem um material constante nas salas de aula. Como fonte de pesquisas sobre a história das disciplinas escolares, alçaram maior destaque em escala mundial a partir da década de 1980. São materiais que se agregam à cultura escolar e se remetem tanto aos processos de escolarização, quanto àqueles de educação. Refletir a respeito dos livros didáticos como fontes de pesquisa em História da Geografia Escolar implica sair de uma concepção destes como mero depositário de “discursos”, para aquela de construtor de discursos e visões sociais de mundo por exemplo, concernete ao Brasil e aos processos de (re)produção de seus territórios. A discussão acerca dos livros didáticos então, utiliza exemplos das obras didáticas publicadas no Estado Novo (1930-1945), momento de estruturação do sistema nacional de ensino e de institucionalização da Geografia, no Brasil. Ao utilizar os LD´s como fonte de pesquisa propomos que estes sejam articulados a processos mais amplos, às legislações educacionais e às culturas escolares.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135974996","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-02DOI: 10.5216/bgg.v43i01.64421
Antonio Guarda
O crescimento geralmente independe das diretrizes de zoneamento ditadas pelo poder publico e ocorre através de um sentimento de apropriação do espaço, ocorrendo muitas vezes áreas de exclusão dentro da comunidade e pode ser demonstrado através da espacialização de dados estatísticos. A Teoria da Sintaxe Espacial é uma das ferramentas que ajuda a simular alterações na configuração urbana e prognosticar as influencias desta alteração. Seria possível, através da analise de sintaxe espacial e das micro centralidades existentes, predicar a melhoraria da integração social e urbana através de novas conexões viárias? Os resultados obtidos mostram que a integração da comunidade é possível, através das ferramentas utilizadas, em uma escala local, permitindo fazer uma prospecção de possíveis evoluções. Este estudo não exauriu a compreensão da evolução da comunidade escolhida, sendo necessário pesquisas mais aprofundada no local. Não foi analisado o aspecto da resistência social ou o impacto das micro centralidades existentes.
{"title":"MICROCENTRALIDADES E A INTEGRAÇÃO URBANA ATRAVÉS DE NOVAS CONEXÕES VIÁRIAS","authors":"Antonio Guarda","doi":"10.5216/bgg.v43i01.64421","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.64421","url":null,"abstract":"O crescimento geralmente independe das diretrizes de zoneamento ditadas pelo poder publico e ocorre através de um sentimento de apropriação do espaço, ocorrendo muitas vezes áreas de exclusão dentro da comunidade e pode ser demonstrado através da espacialização de dados estatísticos. A Teoria da Sintaxe Espacial é uma das ferramentas que ajuda a simular alterações na configuração urbana e prognosticar as influencias desta alteração. Seria possível, através da analise de sintaxe espacial e das micro centralidades existentes, predicar a melhoraria da integração social e urbana através de novas conexões viárias? Os resultados obtidos mostram que a integração da comunidade é possível, através das ferramentas utilizadas, em uma escala local, permitindo fazer uma prospecção de possíveis evoluções. Este estudo não exauriu a compreensão da evolução da comunidade escolhida, sendo necessário pesquisas mais aprofundada no local. Não foi analisado o aspecto da resistência social ou o impacto das micro centralidades existentes.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135974995","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-02DOI: 10.5216/bgg.v43i01.73523
Heloise Canal, Roberto Verdum
Estabelecido há mais de três décadas, o vocabulário controlado de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) possui grande potencial de ser fonte documental para esclarecer como as Ciências da Saúde incorporam ao longo do tempo as temáticas relevantes para seus saberes e suas práticas. Este artigo busca discutir algumas noções sobre o descritor Ambiente deste vocabulário controlado, tendo como fio condutor a problemática ambiental discutida por parte da Geografia. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, de caráter exploratório e do tipo documental. O levantamento de dados foi realizado no próprio site do DeCS, nas seções de pesquisa livre e de edições anteriores correspondentes ao período de 1999 a 2020. O descritor foi mapeado seguindo os passos de ordenação, classificação e análise. Criaram-se quatro categorias de noções: ecológica, escalar, laboral e arquitetônica. São predominantes as abordagens de equilíbrio/desequilíbrio ecológicos e de planejamento/gestão ambientais. O descritor Meio Ambiente do vocabulário condiz com parte da construção histórica do uso científico do conceito de ambiente, no entanto, existem lacunas nesta ferramenta de busca, sendo indicado o seu aprofundamento teórico a partir das discussões presentes na Geografia, principalmente segundo a perspectiva territorial.
{"title":"NOÇÕES DE AMBIENTE NO VOCABULÁRIO CONTROLADO DE DESCRITORES EM CIÊNCIAS DA SAÚDE (DECS): UMA PERSPECTIVA GEOGRÁFICA","authors":"Heloise Canal, Roberto Verdum","doi":"10.5216/bgg.v43i01.73523","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.73523","url":null,"abstract":"Estabelecido há mais de três décadas, o vocabulário controlado de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) possui grande potencial de ser fonte documental para esclarecer como as Ciências da Saúde incorporam ao longo do tempo as temáticas relevantes para seus saberes e suas práticas. Este artigo busca discutir algumas noções sobre o descritor Ambiente deste vocabulário controlado, tendo como fio condutor a problemática ambiental discutida por parte da Geografia. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, de caráter exploratório e do tipo documental. O levantamento de dados foi realizado no próprio site do DeCS, nas seções de pesquisa livre e de edições anteriores correspondentes ao período de 1999 a 2020. O descritor foi mapeado seguindo os passos de ordenação, classificação e análise. Criaram-se quatro categorias de noções: ecológica, escalar, laboral e arquitetônica. São predominantes as abordagens de equilíbrio/desequilíbrio ecológicos e de planejamento/gestão ambientais. O descritor Meio Ambiente do vocabulário condiz com parte da construção histórica do uso científico do conceito de ambiente, no entanto, existem lacunas nesta ferramenta de busca, sendo indicado o seu aprofundamento teórico a partir das discussões presentes na Geografia, principalmente segundo a perspectiva territorial.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135974994","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-20DOI: 10.5216/bgg.v43i01.73217
Luana Caroline Neitzel, Celso Voos Voos Vieira
O entendimento das relações ecológicas dos fragmentos florestais permite a aplicação de uma correta gestão ambiental, favorecendo a sua conservação e restauração de áreas degradadas. Diante do exposto, foi realizada uma análise espaço-temporal a partir das métricas de paisagem, com o objetivo de mensurar a qualidade dos fragmentos florestais no município de Joinville no período de 1985 a 2019. A análise dos fragmentos florestais foi realizada com a adoção de métricas de paisagem de tamanho, borda e forma, com posterior análise estatística para verificar se houve alterações significativas na paisagem no período estudado. Os resultados indicaram uma supressão de 774 fragmentos florestais no município, com uma redução de 65,94 km² de área, com destaque para a supressão dos pequenos fragmentos, principalmente ao longo perímetro urbano e áreas adjacentes, assim como a redução de 35% da área de manguezal. As métricas de paisagem indicaram uma consequente diminuição do efeito de borda, aumento de área média dos fragmentos florestais, aumento do número de fragmentos com morfologia menos complexa e diminuição da conectividade dos fragmentos florestais em decorrência da redução dos corredores ecológicos. A principal pressão antrópica envolvida na alteração ecológica identificada foi a expansão urbana. Como resposta a prefeitura municipal implementou medidas ações prioritárias, com a intenção de manutenção e restauro das funções ecológicas dos fragmentos florestais no município.
{"title":"ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DOS REMANESCENTES DA COBERTURA VEGETAL DA MATA ATLÂNTICA EM UM MUNICÍPIO COSTEIRO NO SUL DO BRASIL","authors":"Luana Caroline Neitzel, Celso Voos Voos Vieira","doi":"10.5216/bgg.v43i01.73217","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.73217","url":null,"abstract":"O entendimento das relações ecológicas dos fragmentos florestais permite a aplicação de uma correta gestão ambiental, favorecendo a sua conservação e restauração de áreas degradadas. Diante do exposto, foi realizada uma análise espaço-temporal a partir das métricas de paisagem, com o objetivo de mensurar a qualidade dos fragmentos florestais no município de Joinville no período de 1985 a 2019. A análise dos fragmentos florestais foi realizada com a adoção de métricas de paisagem de tamanho, borda e forma, com posterior análise estatística para verificar se houve alterações significativas na paisagem no período estudado. Os resultados indicaram uma supressão de 774 fragmentos florestais no município, com uma redução de 65,94 km² de área, com destaque para a supressão dos pequenos fragmentos, principalmente ao longo perímetro urbano e áreas adjacentes, assim como a redução de 35% da área de manguezal. As métricas de paisagem indicaram uma consequente diminuição do efeito de borda, aumento de área média dos fragmentos florestais, aumento do número de fragmentos com morfologia menos complexa e diminuição da conectividade dos fragmentos florestais em decorrência da redução dos corredores ecológicos. A principal pressão antrópica envolvida na alteração ecológica identificada foi a expansão urbana. Como resposta a prefeitura municipal implementou medidas ações prioritárias, com a intenção de manutenção e restauro das funções ecológicas dos fragmentos florestais no município.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135665565","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-20DOI: 10.5216/bgg.v43i01.69559
Aline Rozenthal de Souza Cruz
O presente artigo procura compreender, a partir de um diálogo entre o materialismo histórico-dialético e a teoria da dominação weberiana, os nuances da formação econômico-social brasileira, principalmente sob o ponto de vista da produção do espaço urbano. A hipótese levantada é a de que a dominação patrimonialista se apresentaria como uma permanência estrutural devido a forma pela qual o modo de produção capitalista se desenvolve historicamente no país. Isso acarretaria a existência de uma ordem patrimonialista urbana, que traz como consequências espaciais, diante da concorrência desigual pela interferência do Estado, o favorecimento a concentração e centralização de capitais, a formação de monopólios espaciais e a imposição de domínios territoriais, a exemplo do que ocorre nos cartéis de transporte coletivo encontrados nas cidades brasileiras, e, em especial, no Rio de Janeiro. Para dar validade a discussão aqui proposta utilizou-se de levantamento bibliográfico e jornalístico, bem como foram coletadas informações nos sites das companhias de transporte e instituições públicas.
{"title":"FORMAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL E ORDEM PATRIMONIALISTA: o diálogo marxista weberiano na interpretação da produção do espaço urbano no Brasil – O exemplo da cidade do Rio de Janeiro","authors":"Aline Rozenthal de Souza Cruz","doi":"10.5216/bgg.v43i01.69559","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.69559","url":null,"abstract":"O presente artigo procura compreender, a partir de um diálogo entre o materialismo histórico-dialético e a teoria da dominação weberiana, os nuances da formação econômico-social brasileira, principalmente sob o ponto de vista da produção do espaço urbano. A hipótese levantada é a de que a dominação patrimonialista se apresentaria como uma permanência estrutural devido a forma pela qual o modo de produção capitalista se desenvolve historicamente no país. Isso acarretaria a existência de uma ordem patrimonialista urbana, que traz como consequências espaciais, diante da concorrência desigual pela interferência do Estado, o favorecimento a concentração e centralização de capitais, a formação de monopólios espaciais e a imposição de domínios territoriais, a exemplo do que ocorre nos cartéis de transporte coletivo encontrados nas cidades brasileiras, e, em especial, no Rio de Janeiro. Para dar validade a discussão aqui proposta utilizou-se de levantamento bibliográfico e jornalístico, bem como foram coletadas informações nos sites das companhias de transporte e instituições públicas.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135666964","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-20DOI: 10.5216/bgg.v43i01.69343
Warlen Librelon de Oliveira, Marcelo Antonio Nero
O desmatamento de florestas no Brasil é um processo conhecido de muitos anos. Recentemente com um destaque para a Amazônia, uma vez que os outros biomas como a Mata Atlântica já perdeu a grande maioria de sua área. Esse trabalho modelou o uso da terra no município de Itupiranga-PA, a partir de mapas observados entre 1985 e 2018 e simulado até 2030 para um cenário tendencial e dois cenários alternativos, sendo um otimista e outro pessimista sob a influência de áreas de proteção ambiental. A modelagem foi desenvolvida com o uso do software tipo open-source Dinâmica EGO, o qual utiliza modelos estocásticos de Cadeias de Markov, autômatos celulares e pesos de evidência que são calculados para cada variável preditiva aplicada à modelagem. Foi observado a relação de emissão de CO2 com as áreas desmatadas, confirmando a importância na preservação no combate ao efeito estufa e aquecimento do clima.
{"title":"SIMULAÇÃO DE DESMATAMENTO COM BASE NA INFLUÊNCIA DO AUMENTO E REDUÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS COM ESTIMATIVA DE EMISSÃO DE CO2","authors":"Warlen Librelon de Oliveira, Marcelo Antonio Nero","doi":"10.5216/bgg.v43i01.69343","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.69343","url":null,"abstract":"O desmatamento de florestas no Brasil é um processo conhecido de muitos anos. Recentemente com um destaque para a Amazônia, uma vez que os outros biomas como a Mata Atlântica já perdeu a grande maioria de sua área. Esse trabalho modelou o uso da terra no município de Itupiranga-PA, a partir de mapas observados entre 1985 e 2018 e simulado até 2030 para um cenário tendencial e dois cenários alternativos, sendo um otimista e outro pessimista sob a influência de áreas de proteção ambiental. A modelagem foi desenvolvida com o uso do software tipo open-source Dinâmica EGO, o qual utiliza modelos estocásticos de Cadeias de Markov, autômatos celulares e pesos de evidência que são calculados para cada variável preditiva aplicada à modelagem. Foi observado a relação de emissão de CO2 com as áreas desmatadas, confirmando a importância na preservação no combate ao efeito estufa e aquecimento do clima.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135665563","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-20DOI: 10.5216/bgg.v43i01.70858
Rafael Vinicius de São José, Priscila Pereira Coltri, Roberto Greco
As secas são fenômenos climáticos que ocorrem em diversas partes do mundo. Contudo, em locais com pessoas vulneráveis, elas podem resultar em impactos negativos. Este estudo objetivou integrar diferentes indicadores (agrícola, ambiental, educacional e tecnológico) para a elaboração de um índice de vulnerabilidade agrícola a eventos de seca. Os procedimentos metodológicos consistiram na seleção de indicadores, cálculo dos índices de vulnerabilidade e definição das classes de vulnerabilidade. A maioria dos municípios do Semiárido Baiano apresentou “vulnerabilidade crítica”, “vulnerabilidade muito alta” e “vulnerabilidade alta”. Conclui-se que a capacidade de resistência dos agricultores e a capacidade de suporte do setor agrícola são demasiadamente baixas, o que propicia a ocorrência do desastre da seca na região.
{"title":"VULNERABILIDADE AGRÍCOLA DO SEMIÁRIDO BAIANO À SECA: UMA PROPOSTA DE ÍNDICE PARA AVALIAÇÃO REGIONAL","authors":"Rafael Vinicius de São José, Priscila Pereira Coltri, Roberto Greco","doi":"10.5216/bgg.v43i01.70858","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.70858","url":null,"abstract":"As secas são fenômenos climáticos que ocorrem em diversas partes do mundo. Contudo, em locais com pessoas vulneráveis, elas podem resultar em impactos negativos. Este estudo objetivou integrar diferentes indicadores (agrícola, ambiental, educacional e tecnológico) para a elaboração de um índice de vulnerabilidade agrícola a eventos de seca. Os procedimentos metodológicos consistiram na seleção de indicadores, cálculo dos índices de vulnerabilidade e definição das classes de vulnerabilidade. A maioria dos municípios do Semiárido Baiano apresentou “vulnerabilidade crítica”, “vulnerabilidade muito alta” e “vulnerabilidade alta”. Conclui-se que a capacidade de resistência dos agricultores e a capacidade de suporte do setor agrícola são demasiadamente baixas, o que propicia a ocorrência do desastre da seca na região.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135665562","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-20DOI: 10.5216/bgg.v43i01.63773
Mariza Ferreira da Silva, Luis Lopes Diniz Filho, Edu Silvestre de Albuquerque
O texto apresenta os principais fundamentos teóricos do geógrafo crítico marxista David Harvey, que influenciou gerações de geógrafos pelo mundo desde a década de 1960. O objetivo é analisar a cientificidade da teoria social crítica, bem como fazer uma análise epistemológica das teorias econômicas elaboradas por esse geógrafo. As análises geográficas assentadas na filosofia da dialética histórica e materialista de David Harvey convergem para uma teoria crítica do capitalismo e da revolução social. Vale notar, que mesmo em suas obras consideradas próximas ao pensamento pós-modernista e à teoria da regulação, os pressupostos da determinação da infraestrutura econômica e da visão da luta de classes como motor da história, nunca foram abandonados. Em sua concepção, as contradições do capital devem ser explicadas porque são universais e perpassam as demais contradições sociais. De modo que é possível afirmar que em David Harvey, marxismo e pós-modernismo convergem enquanto campos analíticos da teoria social crítica e fazem parte do sistema crítico-filosófico da ciência racionalista moderna. Por essa razão, é possível questionar a cientificidade da geografia proposta por Harvey à luz do critério de falseabilidade e com base na análise do contexto de justificação tal como proposta por Karl Popper.
Palavras-chave: Teoria Social Crítica; Paradigmas Científicos; Filosofia da Ciência.
{"title":"UMA ANÁLISE DA CIENTIFICIDADE DA TEORIA SOCIAL CRÍTICA DO GEÓGRAFO MARXISTA DAVID HARVEY","authors":"Mariza Ferreira da Silva, Luis Lopes Diniz Filho, Edu Silvestre de Albuquerque","doi":"10.5216/bgg.v43i01.63773","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.63773","url":null,"abstract":"O texto apresenta os principais fundamentos teóricos do geógrafo crítico marxista David Harvey, que influenciou gerações de geógrafos pelo mundo desde a década de 1960. O objetivo é analisar a cientificidade da teoria social crítica, bem como fazer uma análise epistemológica das teorias econômicas elaboradas por esse geógrafo. As análises geográficas assentadas na filosofia da dialética histórica e materialista de David Harvey convergem para uma teoria crítica do capitalismo e da revolução social. Vale notar, que mesmo em suas obras consideradas próximas ao pensamento pós-modernista e à teoria da regulação, os pressupostos da determinação da infraestrutura econômica e da visão da luta de classes como motor da história, nunca foram abandonados. Em sua concepção, as contradições do capital devem ser explicadas porque são universais e perpassam as demais contradições sociais. De modo que é possível afirmar que em David Harvey, marxismo e pós-modernismo convergem enquanto campos analíticos da teoria social crítica e fazem parte do sistema crítico-filosófico da ciência racionalista moderna. Por essa razão, é possível questionar a cientificidade da geografia proposta por Harvey à luz do critério de falseabilidade e com base na análise do contexto de justificação tal como proposta por Karl Popper.
 
 Palavras-chave: Teoria Social Crítica; Paradigmas Científicos; Filosofia da Ciência.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135666965","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-20DOI: 10.5216/bgg.v43i01.71558
Marcelo de Oliveira Latuf, Kelvin Silva Caovila Santos
São diversas variáveis que norteiam a geração de energia em usinas hidrelétricas, sendo duas delas o volume útil e a cota altimétrica, sendo seu monitoramento realizado, majoritariamente, por réguas linimétricas. Objetiva-se com este estudo obter a frequência espaço-temporal da lâmina d’água do reservatório de Furnas, no período entre 1995 e 2019, bem como ajustar equações de regressão entre os parâmetros área do espelho d’água, cota altimétrica e volume útil. Para tal, utilizaram-se imagens dos satélites Landsat 5 e 8 no mapeamento do espelho d’água e dados diários de cota altimétrica e volume útil. As equações entre os parâmetros foram ajustadas adotando o coeficiente de determinação maior ou igual a 0,70 e intervalo de confiança de 95%. O mapeamento da frequência espaço-temporal da lâmina d’água apontou regiões de expressiva oscilação do nível da água, próximo às desembocaduras dos rios Grande, Verde e Sapucaí, além das proximidades de Campo do Meio e Alfenas. Resultados demonstram que o ajuste estatístico foi satisfatório na estimativa dos parâmetros com R² de 0,9805 e 0,9913, para as relações entre área x volume útil e área x cota altimétrica, respectivamente. Almeja-se com os resultados fornecer subsídios às ações que garantam o múltiplo uso dos recursos hídricos.
{"title":"IMAGEAMENTO ORBITAL DO RESERVATÓRIO DE FURNAS: VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DO NÍVEL DA ÁGUA E INFERÊNCIAS HIDROMÉTRICAS","authors":"Marcelo de Oliveira Latuf, Kelvin Silva Caovila Santos","doi":"10.5216/bgg.v43i01.71558","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.71558","url":null,"abstract":"São diversas variáveis que norteiam a geração de energia em usinas hidrelétricas, sendo duas delas o volume útil e a cota altimétrica, sendo seu monitoramento realizado, majoritariamente, por réguas linimétricas. Objetiva-se com este estudo obter a frequência espaço-temporal da lâmina d’água do reservatório de Furnas, no período entre 1995 e 2019, bem como ajustar equações de regressão entre os parâmetros área do espelho d’água, cota altimétrica e volume útil. Para tal, utilizaram-se imagens dos satélites Landsat 5 e 8 no mapeamento do espelho d’água e dados diários de cota altimétrica e volume útil. As equações entre os parâmetros foram ajustadas adotando o coeficiente de determinação maior ou igual a 0,70 e intervalo de confiança de 95%. O mapeamento da frequência espaço-temporal da lâmina d’água apontou regiões de expressiva oscilação do nível da água, próximo às desembocaduras dos rios Grande, Verde e Sapucaí, além das proximidades de Campo do Meio e Alfenas. Resultados demonstram que o ajuste estatístico foi satisfatório na estimativa dos parâmetros com R² de 0,9805 e 0,9913, para as relações entre área x volume útil e área x cota altimétrica, respectivamente. Almeja-se com os resultados fornecer subsídios às ações que garantam o múltiplo uso dos recursos hídricos.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135665564","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-01DOI: 10.5216/bgg.v43i01.68962
Rogério Rego Miranda
A noção de Formação Econômico-Social (FES), elaborada por Marx e Lênin, vai repercutir em diversos outros trabalhos filosóficos, sociológicos, históricos, econômicos e geográficos. Na geografia, particularmente a brasileira, importantes intelectuais vão expressar a necessidade de incorporar a dimensão espacial ao debate da FES, face a inseparabilidade entre sociedade e espaço, propondo a categoria analítica formação socioespacial, a exemplo de Milton Santos. Nesse contexto, o artigo visa discutir a interpretação geográfica brasileira acerca da noção de Formação Econômico-Social. Com o intuito de alcançar esse objetivo se realizou, em termos metodológicos, a revisão bibliográfica sobre a temática, utilizando-se de autores responsáveis pela construção teórica da FES e seus interlocutores.
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