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Abstract
Na obra Confissões, Agostinho de Hipona apresenta um impasse quanto à veracidade de seu conhecimento a respeito de si e de Deus e suas palavras. O autor argumenta que, ao direcionar-se a Deus, sua fala não pode ser indevida, sendo preferível se calar do que falar algo incoerente. Como resposta a este impasse, ele recorre à primazia da interioridade, reconhecendo em Deus a única fonte reveladora de um conhecimento verdadeiro e o mestre interior capaz de guiá-lo a uma linguagem verdadeira.O presente trabalho busca, a partir das aporias levantadas no início dos livros I e X das Confissões, meditar sobre o caminho percorrido por Agostinho para buscar uma fala que seja verdadeira a respeito de Deus tendo a ciência de que seu conhecimento e sua linguagem são mediados, insuficientes, porém, mesmo assim são necessários. Para tanto, esta pesquisa se apoiou nas contribuições de Madureira (2017), Bermon (2019), Mammi (2000) e suas considerações à obra presentes no prefácio à edição brasileira (2017).