Carlos Henrique de Freitas, Fernanda Junia Dornela, Maízy Cássia Silva, Valdir Machado Valadão Júnior, C. R. D. O. Medeiros
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Abstract
Este estudo tem como objetivo analisar as representações discursivas do crime corporativo ambiental cometido pela Samarco, em Bento Rodrigues, em 2015, nas reportagens de duas revistas de circulação nacional, a Veja e a Carta Capital, veiculadas durante o primeiro ano após o ocorrido. As corporações contemporâneas têm orientado suas estratégias discursivas pela responsabilidade social corporativa, no entanto, crimes e ilegalidades no âmbito das corporações têm ganhado cada vez maior notoriedade na mídia, revelando uma distância significativa entre a prática e o discurso. A forma com que esses fenômenos são reportados pela mídia traz implicações na compreensão da sociedade acerca do ocorrido. Utilizou-se a técnica análise de discurso, considerando os elementos presentes na construção do discurso: hegemonia, contradição, reconhecimento, intertextualidade e representação. Os resultados apontam que as representações de ambas as revistas sobre o crime corporativo são similares: a empresa é vítima, a empresa é culpada, o rompimento da barragem é um crime corporativo.