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Abstract
O diagnóstico filosófico da modernidade apresentado por Heidegger, enquanto época do domínio técnico, apresenta a ameaça de um engessamento das possibilidades humanas à lógica do pensamento calculador, que encontra por todo lado objetos a serem explorados, transformados e organizados. No limite, o ser humano já não conseguiria tomar a si mesmo senão desde essa base de pensamento, convertendo-se, por fim, também em um recurso do mundo técnico. Diante disso, este artigo busca explorar, com base em uma pesquisa bibliográfica, a possibilidade de autoformação que ainda se vislumbra, tendo como base a noção de serenidade. Este conceito foi introduzido pelo próprio Heidegger para nomear a disposição capaz de romper com a lógica do pensamento calculador e viabilizar outro pensar, o meditativo, que pode manter o ser humano aberto para diferentes modos de compreensão de si, de suas possibilidades e do mundo como um todo. O artigo sustenta o argumento de que a serenidade alcançada por meio do pensamento meditativo torna-se, na era da técnica, um requisito para a formação humana entendida como autoformação.