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Abstract
A variação no uso do modo subjuntivo tem sido amplamente abordada, especialmente a partir da virada do século XXI, contribuindo com um importante mapeamento do fenômeno em dados de fala do português brasileiro. As pesquisas, muitas das quais ancoradas nos pressupostos da Teoria da Variação e Mudança, preocupam-se em controlar variáveis independentes na tentativa de identificar o contexto de retenção do subjuntivo e, por conseguinte, o contexto de entrada do modo indicativo. Independentemente das particularidades da amostra selecionada e dos procedimentos metodológicos adotados, os diferentes estudos realizados ressaltam a importância das variáveis tipo de oração e modalidade. No entanto, tais pesquisas não demonstram como o tipo de oração, situado no nível da sintaxe, está integrado ao nível discursivo-pragmático, âmbito da modalidade. Assim, este trabalho propõe incluir subtipos oracionais e proceder a um cruzamento de variáveis na tentativa de responder à seguinte questão: Como a variável de natureza sintática tipo de oração se articula com a variável de natureza discursivo-pragmática modalidade? Para responder a essa pergunta, recorre-se ao estudo de Pimpão (2012), que investigou o uso variável do presente do modo subjuntivo em dados de fala de informantes de Florianópolis e Lages (Projeto VARSUL). Resultados gerais apontam para a associação entre orações finais e submodo deôntico e entre orações causais, concessivas, condicionais, parentéticas e com o item talvez e o submodo epistêmico. Por sua vez, a oração substantiva objetiva direta exibe percentuais elevados sob o escopo do submodo deôntico, e a oração substantiva subjetiva, uso categórico de subjuntivo sob o escopo do submodo epistêmico.