{"title":"A TERRITORIALIDADE DO CORPO AFRO-INDÍGENA BRASILEIRO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES","authors":"Denise David Caxias","doi":"10.5216/bgg.v42.72066","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo se propõe a discutir a concepção de corpo-sujeito em Merleau-Ponty como possibilidade para analisar a territorialidade afro-indígena brasileira. Partimos da concepção de que os corpos dos religiosos afro-indígenas brasileiros produzem territorialidades. O corpo assume a característica de um território imediato da religiosidade. A espacialidade religiosa é aqui analisada pela categoria território. O texto abarca um debate teórico conceitual, partindo das percepções de campo da autora em terreiros de Candomblé nos estados do Rio de Janeiro. Consideramos que os corpos controlam, afetam e influenciam o espaço em que ocorre a gira ou xirê através dos gestos e movimentos. Dessa forma, o poder e a dominação do espaço (sua conformação simbólica) são dados pelas práticas culturais e religiosas mediante a ação dos orixás e entidades através incorporação.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Boletin Goiano de Geografia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5216/bgg.v42.72066","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"GEOGRAPHY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo se propõe a discutir a concepção de corpo-sujeito em Merleau-Ponty como possibilidade para analisar a territorialidade afro-indígena brasileira. Partimos da concepção de que os corpos dos religiosos afro-indígenas brasileiros produzem territorialidades. O corpo assume a característica de um território imediato da religiosidade. A espacialidade religiosa é aqui analisada pela categoria território. O texto abarca um debate teórico conceitual, partindo das percepções de campo da autora em terreiros de Candomblé nos estados do Rio de Janeiro. Consideramos que os corpos controlam, afetam e influenciam o espaço em que ocorre a gira ou xirê através dos gestos e movimentos. Dessa forma, o poder e a dominação do espaço (sua conformação simbólica) são dados pelas práticas culturais e religiosas mediante a ação dos orixás e entidades através incorporação.