{"title":"A Estatística da População na América Portuguesa, 1750-1820","authors":"Paulo Silveira e Sousa, Paulo Teodoro de Matos","doi":"10.14482/memor.25.1.6918","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Desde a década de 1720 que a administração ultramarina portuguesa produziu ordens régias com vista a recolher e organizar informações padronizadas sobre a população do império. Estes processos ganharam uma dimensão particular no Brasil, durante a segunda metade do século XVIII, mas foram transversais a quase todos os territórios (em África, no Índico e no Oriente), dando origem a um extenso corpus documental constituído por várias centenas de mapas estatísticos. Inspirando-se nos princípios da aritmética política e do fisiocratismo as elites políticas portuguesas entenderam a população como um recurso de Estado que se deveria calcular, regular e canalizar segundo as conveniências da Coroa. Este artigo pretende descrever os modelos de ordens e de mapas estatísticos, bem como a sua evolução. Na linha de autores pioneiros como Dauril Alden e Maria Luiza Marcílio defenderemos o seu enorme potencial no cálculo de estimativas demográficas para o período colonial.","PeriodicalId":38069,"journal":{"name":"Memorias","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Memorias","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14482/memor.25.1.6918","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Desde a década de 1720 que a administração ultramarina portuguesa produziu ordens régias com vista a recolher e organizar informações padronizadas sobre a população do império. Estes processos ganharam uma dimensão particular no Brasil, durante a segunda metade do século XVIII, mas foram transversais a quase todos os territórios (em África, no Índico e no Oriente), dando origem a um extenso corpus documental constituído por várias centenas de mapas estatísticos. Inspirando-se nos princípios da aritmética política e do fisiocratismo as elites políticas portuguesas entenderam a população como um recurso de Estado que se deveria calcular, regular e canalizar segundo as conveniências da Coroa. Este artigo pretende descrever os modelos de ordens e de mapas estatísticos, bem como a sua evolução. Na linha de autores pioneiros como Dauril Alden e Maria Luiza Marcílio defenderemos o seu enorme potencial no cálculo de estimativas demográficas para o período colonial.