{"title":"Aprendendo com roteiros a comunicar por carta geográfica: cultura visual institucional de sertões e fronteiras conquistadas (século XVIII)","authors":"D. Moura","doi":"10.22380/20274688.1453","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Sertanistas e missionários na América do século xviii continuaram uma tradição castelhana de cultura visual baseada em esboços, desenhos de itinerário e mapas que comunicaram seu sentido de espaço, território e lugar vinculado às suas memórias. Com o peso político alcançado pelos mapas nesse período, devido às disputas pela definição dos limites territoriais ibéricos, a Coroa portuguesa se viu diante da necessidade de superar sua condição deficitária de mapas das terras interiores. Para tanto, mobilizou governadores que, ao implantarem políticas de mapeamento do território, também desenvolveram uma cultura visual institucional que se apropriou dos conhecimentos geográficos gerados pelos roteiros e pelos mapas de jesuítas, e os utilizou na confecção de suas imagens cartográficas com o objetivo de comunicar e traduzir campos e sertões para uma agenda imperial de sertões e fronteiras conquistadas, como mostram a correspondênciaoficial e os mapas de época.","PeriodicalId":12440,"journal":{"name":"Fronteras de la Historia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.2000,"publicationDate":"2021-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Fronteras de la Historia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.22380/20274688.1453","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q2","JCRName":"HISTORY","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Sertanistas e missionários na América do século xviii continuaram uma tradição castelhana de cultura visual baseada em esboços, desenhos de itinerário e mapas que comunicaram seu sentido de espaço, território e lugar vinculado às suas memórias. Com o peso político alcançado pelos mapas nesse período, devido às disputas pela definição dos limites territoriais ibéricos, a Coroa portuguesa se viu diante da necessidade de superar sua condição deficitária de mapas das terras interiores. Para tanto, mobilizou governadores que, ao implantarem políticas de mapeamento do território, também desenvolveram uma cultura visual institucional que se apropriou dos conhecimentos geográficos gerados pelos roteiros e pelos mapas de jesuítas, e os utilizou na confecção de suas imagens cartográficas com o objetivo de comunicar e traduzir campos e sertões para uma agenda imperial de sertões e fronteiras conquistadas, como mostram a correspondênciaoficial e os mapas de época.