L. Erzinger, T. D. Borges, Saulo Henrique Weber, P. Winagraski, Nathaniele Penso Gonçalves Viana, Melissa Vink, C. Sotomaior
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Abstract
A estimulação tátil precoce em animais tem como benefícios a redução do estresse, melhoras no manejo, nos índices zootécnicos e no relacionamento ser-humano animal; no entanto, há escassos estudos relacionados ao benefício da estimulação tátil em cordeiros. O presente estudo teve como objetivo testar diferentes frequências de estimulação tátil em cordeiros lactentes, avaliando o temperamento, ganho de peso e relação ser humano- animal. Trinta e seis cordeiros, do segundo dia de vida até o desmame (60 a 63 dias de vida), foram distribuídos em três tratamentos: tratamento controle (TC; n = 12) - cordeiros que não receberam estímulo tátil; T3x (n = 12) - estimulação tátil nos cordeiros três vezes por semana; e T5x (n = 12) - estimulação tátil nos cordeiros cinco vezes por semana. Semanalmente os cordeiros eram pesados e o peso médio diário (GPD) calculado. Para a avaliação do temperamento durante a pesagem, eram avaliados a reatividade (REA, possibilidade de 5-escores) e o número de vocalizações na balança (VOC). Após a pesagem, era avaliada a velocidade de saída (VS). Ao desmame, os cordeiros foram submetidos a testes de arena: teste de isolamento social (TIS), teste de distância de fuga (TDF) e teste de aproximação forçada (TAF). Não houve diferença (p > 0,05) entre os tratamentos para as variáveis de temperamento mensuradas (REA, VS, VOC) e para o GPD. Não foram verificadas diferenças (p > 0,05) entre os tratamentos para o número de vocalizações durante o TIS. Os animais do T5x, porém, aproximaram-se mais do ser humano (p < 0,05) no TDF e se deixaram tocar em menor tempo (p < 0,05) durante o TAF, em comparação ao TC. Concluiu-se que variações na frequência de estimulação tátil (3 ou 5x/semana) não demostraram diferença no GPD e no temperamento de cordeiros estimulados do nascimento ao desmame; a estimulação feita cinco vezes por semana demonstrou melhores resultados durante os testes de relação ser humano-animal, com diminuição da distância de fuga e maior aproximação com o homem.